_________________PALAVRA Ergues-te de noite no espelho do sonho inventarias-te no cálido branco do corpo que te acolhe no furor do desejo. Cais Qual pedra sobre a página: Contigo trazes as costuras da insónia e as feridas rompendo as azuis rendas dos ossos. Empunhas as turquesas do som até que não sobre da música do mundo senão o rumor ínfimo e o borrão insurrecto de versos que arrastam o corpo pela almofada da casa. Iludes a sede no leite azedo da língua E atónita enrolas-te sobre ti mesma semelhando uma boca de devorar sismos: só para atravessares os fantasmas e ajustá-los, diligente relojoeira, ao frémito das mãos. Ergues-te com o movimento mais fluído duma taça vazia com o desentendimento das fundas águas com o rigor do quartzo: cantas o tempo estremecido. Na cintura das luas trocas os diademas por um punhado de cinzas ________________por um cacto liberto e limpo a navegar o nome dum lábio entre a língua e a língua_____________________.
Posted on: Sun, 14 Jul 2013 15:39:59 +0000
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