ali, encoberto pelo sossego da praça, vi-o - TopicsExpress



          

ali, encoberto pelo sossego da praça, vi-o quando inclinou-se, como reverenciando os alvos trilhos; fungando-os alucinadamente... o ar entrou pela canícula levando o inferno às narinas, rompendo cepto, e se desfazendo no cérebro. ar misturado ao pó. e só. um espasmo, e o olhar orbitou, o coração disparou, o corpo delirou e a alma gritou a dor do flagelo. poucos segundos, e um homem perdido, ou de má sorte. agora morrendo, irreversivelmente no vácuo da overdose. triste retrato... do outro lado da rua; a sínica figura do traficante. o mensageiro da morte, observa; circunspecto, olhar estático, livre de qualquer suspeita, atrás das lentes fotocromática, grossas e de grau. esperando o fim, num semblante macabro, satânico. esboçando um sorriso; do louco sem troco, do produto sem lacre a droga, e o lucro, que não é pouco. tombou, outro; nem inocente, nem culpado. marca-se na planilha para estatística... - mais um morto - zésilveiradobrasil luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=145748
Posted on: Sun, 14 Jul 2013 05:42:14 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015