hj, após uma reunião, pude conversar um pouco mais com um dos - TopicsExpress



          

hj, após uma reunião, pude conversar um pouco mais com um dos jurados do Shell. ficou um querer falarmos mais um ao outro. O incômodo que as listas me trazem são menos por quem estão e mais por quem não está. Explico... São fundamentais rever dois aspectos: 1. a estrutura de participação 2. a percepção sobre o fazer teatral No primeiro, muitos espetáculos verdadeiramente interessantes acabam impedidos de competir ao prêmio por não completarem as apresentações mínimas ou outras questões de ordem prática regulamentar. Ocorre que, dessa maneira, a premiação se limita, muitas vezes, ao disponível dentre as premissas do prêmio, permanecendo a escolha em espectros medianos de realizações, enquanto potências significativas se perdem. A questão então é a seguinte: O que pode ser mais interessante, premiar ou fazer do prêmio o reconhecimento de uma profundidade? Um espetáculo que modifique o todo, estabeleça novos paradigmas e respire ousadias fundamentais, mas que se apresentou apenas 4 ou 5 vezes, vai marcar o tempo de sua existência e influenciar o todo de alguma maneira. Mas não será lembrado nos escolhidos pelo Shell como um dos mais importantes e significativos. E aí está o problema. No segundo, a questão é sobre a relevância ao destinar o prêmio. O que seria mais significativo como leitura do tempo que se premeia, o tradicional bem realizado, sem quaisquer características sobre a invenção ou observação mais profunda da linguagem, ou aquele que se debruça ao desconhecido e encontra estratégias e reformula o discurso e o fazer? O tradicional bem feito pode ser apenas um recurso técnico utilizado e reutilizado, copiado com eficiência em suas maneiras e estratégias, porém vazio de reais proposições. Mercadológico, portanto. Enfim, enquanto o Shell não conseguir se atentar para a potência dos trabalhos, ao invés de definí-los através de regras externas a eles, as listas gerarão incômodos entre os artistas. Não se trata de incluir esse ou aquele. Mas na maneira como se observa a linguagem teatral e como se reconhece as importâncias. Como está, o prêmio sempre esbarrará em certo comodismo aos valores de sempre e mais tradicionais. Do outro lado, a pessoa me diz que é preciso rever tudo, das categorias às nomenclaturas. O que concordo. Melhor é subjetivo tanto quanto Destaque. Todavia, destacar-se revela mais aberto ao reconhecimento contextual e comporativo de um trabalho, enquanto ser melhor apenas determina a avaliação daquele que julga. Não saiu o café, mas a conversa existiu. que bom!!!!!!! Assim pensamos juntos. Quem sabe não chegamos a um modelo imperfeito, no qual a arte ganha prêmios e não estruturas dominadas por mercados consolidados e estabelecidos em práticas bem realizadas porém desprovidas de inquietações? quem sabe...
Posted on: Thu, 18 Jul 2013 05:39:39 +0000

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