rouquidão que ecoa (ao companheiro José Assis Filho, lutador incansável) Sua voz rebelde não se deixa esquecer: “vampiros, afastem seus dentes parasitas, a universidade é do povo brasileiro!” Alguns neste momento esboçam risada, em usurpadoras fundações, contentes no burguês celeiro; muitos levantam o punho de luto, e seguem na busca do amanhecer; o sol surgirá ofuscante aos morcegos do povo. Os momentos de descanso não existem para recordar; sua rouca bravura não descansava, sempre armada com palavras de desacato à classe safada; não usava balas de festim. A rouquidão alerta ecoa por toda parte; a rouquidão alegre ecoa com os gritos da classe: companheiro Assis, Presente! Aos ouvidos lutadores a grave voz soa suave e profunda, sincera como o seu maduro sorriso infantil; aos poderosos vibra aguda e certeira, incomoda ao tímpano, repetindo o mesmo lado do vinil; jamais temeu qualquer Golias: armou sua funda! Nossos heróis são as corajosas vidas, não lendárias, que permanecem hoje e sempre na memória popular! São cheios de cicatrizes amargas; o rosto calejado, marcado do batente; Sentem o cansaço, mas o repelem com vigor jugular; os intransigentes socialistas extrapolam gerações proletárias. Façamos um atento silêncio: a rouquidão alerta ecoa por toda parte; a rouquidão alegre ecoa com os gritos da classe: companheiro Assis, Presente! Otávio Dutra – 19.03.07 Isla de la Juventud – Cuba
Posted on: Wed, 02 Oct 2013 02:11:29 +0000
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