segunda na aula de português, fizemos a leitura de uma crônica de Clarice Lispector, ” um amor conquistado “. Essa crônica falava sobre um animal, que se comportava como se fosse de outra espécie. Nisso, a professora fez com que observássemos todos os traços e ao que aquele texto se referia, já que se tratava de personificação. Em um diálogo com a classe, enquanto ela falava eu ouvia atentamente. E conhecidencia ou não, tudo aquilo que ela estava dizendo parecia estar sendo referido a mim. Como eu já havia dito em um texto anterior, vivemos em uma sociedade hipócrita que não se felicita com a felicidade alheia. Ela citou como exemplo Tiradentes, com todo o seu martírio não desistiu. Mas, e eu ? Até quando fingir que não ouço o que falam e me importo com o que pensam ou deixam de pensar ? O que fazer com essa parte de mim que grita pedindo por liberdade mesmo que meus lábios permaneçam fechados e eu fique em silêncio por fora ? Porque se incomodam tanto com o que eu visto, com quem eu ando ou de quem eu gosto ? Que diferença isso tem ? Minha essência não mudará por esses fatores. Quando vão entender que eu, mesmo com essa aparência de ” nada me abala ”, por dentro sou como uma rosa ? Tenho sentimentos, e também tenho o direito de amar independe de quem ou quando. Porque a verdade é que nada disso importa então, porque tanta preocupação ? O ideal da vida é ser feliz ao invés de perfeito. Eu queria apenas ser eu mesma, sair às ruas sem ter que esconder quem eu realmente sou. Poder me sentir livre, abraçar, andar de mãos dadas, viver ! Porque o que veem, a pessoa que todos veem não sou eu e sim, quem eles gostariam que eu fosse.
Posted on: Sat, 05 Oct 2013 04:13:04 +0000
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