vai aí uma reflexão sociopsicológica da realidade - TopicsExpress



          

vai aí uma reflexão sociopsicológica da realidade futebolística mineira, não se trata de agressão, mas da tentativa de descrição da essência que move o torcedor cruzeirense. A cultura perrelista de vaidade (que repercute até em interagir Cruzeiro, ostentação, projeto oportunista pessoal de poder) usam um sobrenome falsariamente, toda essa áurea de infalibilidade, de supremacia inexpugnável, ironia ácida e pedante, originaram uma ideologia de superioridade que guarda semelhança com nazismo, nacionalismos, onde é inconcebível vislumbrar o inimigo como uma entidade tão medíocre e passível de construir méritos como qualquer ser humano. Na cegueira Cruzeirense estabeleceu-se uma dicotomia da realidade: Cruzeiro (superior, especial, um segmento da espécie humana onde não lacuna de falibilidade ou equivalência exterior) e o Atlético (predestinado à humilhação, à subalternidade) e diante dessa visão distorcida de realidade, na alma do cruzeirense a percepção da inferioridade atleticana era tão sólida, mesmo perante consistentes horizontes de êxito do Galo, tal fato potencial era vivenciado como unicamente acontecimento utópico. Esquecendo-se que todos somos meros mortais humanos, igualmente como as instituições, países. Eis o sentimento do cruzeirense, o do imperador romano que se ilude que o ápice será uma realidade eterna e despreza qualquer possibilidade diferente disso. E agora... que da dor e do olhar no mesmo patamar, do fracasso do complexo de girafa ou de burguês, que olha por cima para o pobre esquecendo que a decomposição do cemitério aguarda inexoravelmente e nivelará perfeitamente os dois na mesma insignificância, e que toda a arrogância humana é infundada. Agora cruzeirense, que esse choque térmico suscite uma reflexão sobre o risco do menosprezo ostensivo e que a humildade é essencial na convivência humana, muitas revoluções desbancaram pedantes com complexo de especial como os pedantes cruzeirenses, e agora o gosto amargo de só ter o silêncio como reação provoque uma aproximação da clara realidade de que somos iguais e estamos no mesmo barco. Talvez, com o amadurecimento na dor, na ruína, o cruzeirense torne-se menos superior e menos autoenganado a respeito da vida, para assim ser legitimamente apto ao mérito e à grandeza verdadeira que só é acessível aos conscientes da equitatividade de todos, principalmente no potencial de sucesso ou fracasso. Que boa tal oportunidade de reflexão para os Perrela e seus lacaios azuis, como diziam os antigos: ontem pavão hoje espanador. A soberba e a megalomania invariavelmente precedem a ruína. E a humildade a honra.
Posted on: Thu, 25 Jul 2013 07:50:01 +0000

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