#vempraruaTHE : chatices, abadás e salto alto plataforma O - TopicsExpress



          

#vempraruaTHE : chatices, abadás e salto alto plataforma O negócio por aqui foi ‘paia’, muito ‘paia’ [expressão usada entre os piauienses para demonstrar que algo é ruim ou deixou a desejar]. Diferente do que ocorreu nas demais capitais do país, o protesto nacional contra a corrupção no país foi super, hiper, mega planejado em Teresina. As articulações entre as pessoas engajadas pelas propostas da manifestado nacional pelas redes sociais da internet foram intensa e eficiente, eficiente a tal ponto que avisaram com antecedência sobre o trajeto a ser percorrido, o horário e local de concentração. Essas informações propiciaram que o estado também se organizasse. A avenida Frei Serafim começou a se esvaziar às 15 horas- uma hora antes do combinado nas redes sociais. Nada de carros ou ônibus transitando; apenas os azuzinhos (agentes de trânsito da STRANS (Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito) orientando os poucos desavisados e os manifestantes sendo monitorados por câmeras, helicópteros e policiais militares. A mídia desta vez não foi pega de surpresa, a pauta já estava agendada há dias e eu, ops, quero dizer, eles, também tiveram tempo para planejar a cobertura desse acontecimento. Os PMs tomaram de conta da fachada de alguns pontos comerciais desta avenida. O proprietário de um desses, em especial, para não declarar seu posicionamento quanto ao manifesto e coibir a ação de “vândalos”, fez o favor de cobrir os vidros do estabelecimento com papéis e justificou o não atendimento aos clientes por estar fechada para balanço. Palhaçada, hein! Em procissão, [sim... a palavra é essa mesma], os manifestantes seguiram até o Palácio de Karnak e lá era que tinha ‘mermu’ muitos policiais para proteger a casa do governador. Toda coincidência com a ‘Caminhada da Fraternidade’ não era pouca. Ao contrário do que esperavam alguns que por motivos pessoais (e que respeito) se eximiram de participar, não houve quebra-quebra e depredação do patrimônio público e qualquer barulho de explosão (houve alguns), os participantes reagiam com o grito de “baderneiro, baderneiro...”. Mas o chato da história não foi isso. A meu ver, todo protesto provoca transtornos e incômodos, e toda essa tática de segurança fez com que os manifestantes não sentissem uma efetiva revolução no ato protestante. Muitas faixas com frases de protesto, rostos pintados de verde e amarelo, gente de todas as idades estavam lá, para protestar. Foi bonito, foi limpo, mas o comportamento da maioria foi esse: vamos dar um xautinho pra câmera! Vamos falar com a criança e o idoso! Convenhamos, pareceu mais um ato de modismo revolucionário, num foi ‘mermu’? Mais valha, Teresina, como tu sofre! (parafraseando um personagem fictício da internet). Não! A manifestação em Teresina não teve sofrimento ou sacrifício algum. A articulação foi tão intensa e efetiva (reitero) que houve tempo de confeccionar até abadás, aquelas camisas usadas em micaretas com a #hastag do movimento. Quem nunca andou de ônibus teve tempo de se agregar e ir pra rua. Vestidos curtos e salto alto plataforma também estavam lá. Valia de tudo pra se mostrar, aparecer. Foi bonito, mas nada de revolucionário num ato que reuniu muita, mas muita gente. Quem sentiu isso durante o trajeto gritava “isso aqui tá muito chato!”. Não quero desmoralizar e muito menos apontar o dedo na cara de ninguém, mas a manifestação #contraoaumento realizada em Teresina no ano passado era mais legítima de idealizações. Porém, os parabéns são merecidos, principalmente porque os políticos oportunistas que se infiltraram no movimento para levantar bandeira partidária foram devidamente coagidos, como também a integridade física dos participantes, e material da cidade foram garantidos sem a necessidade da intervenção estatal.
Posted on: Fri, 21 Jun 2013 21:36:24 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015