À ministra, Petecão denuncia “máfia da balsa” no rio Madeira Em encontro com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o coordenador da bancada federal do Acre em Brasília, senador Sérgio Petecão (PSD), denunciou aquilo que ele classifica como a “máfia da balsa” no rio Madeira. Para o senador, a atuação da empresa que opera as embarcações que fazem a travessia na região do Abunã tem atrasado todo o processo de licitação para a construção da ponte. A obra é essencial para tirar o Acre do isolamento, já que atualmente o único acesso rodoviário do Estado ao resto do País é prejudicado pela ausência da ponte. Com as balsas, o tempo de viagem aumenta, assim como os custos. Apesar do governo federal ter assegurado os recursos, questionamentos na Justiça atrasam a licitação. O senador vê a atuação da empresa que opera as embarcações como a principal culpada. Ainda se dirigindo à ministra Ideli Salvatti, Petecão criticou as políticas do governo de incentivo fiscal que têm prejudicado os municípios pobres, como os acreanos. “Enquanto o governo abre mão de impostos para beneficiar as indústrias de São Paulo e do Sul, é a população das cidades mais pobre quem paga a conta. Nossas prefeituras estão com imensa dificuldade porque não tem dinheiro, não há como construir rua, creches, posto de saúde, a crise está feia”, desabafou o senador. O coordenador da bancada pediu atenção do governo federal aos municípios acreanos por suas particularidades. “Precisamos ser tratados com um pouco mais de atenção, nossos municípios são pobres, não têm de onde arrecadar, dependem totalmente dos repasses federais.” O senador destacou que as cidades do Estado precisam ser recompensadas por preservarem a Amazônia intacta. “Cobram muito da gente para manter a floresta em pé, o homem do campo não pode mais produzir, em compensação o governo federal não nos recompensa”, disse ele. Outro ponto questionado pelo coordenador foi a construção do Anel Viário das cidades de Brasileia e Epitaciolândia. Para ele, esta obra será essencial para garantir a viabilidade da Estrada Interoceânica, que liga o mercado brasileiro aos portos peruanos do Pacífico. O senador lembrou que hoje somente uma ponte de mão única em precárias condições conecta as duas cidades e dá acesso ao Peru. Sérgio Petecão pediu a manutenção constante da BR-317 por conta da dificuldade de tráfego ocasionada pelos buracos. “Enquanto no Peru a estrada é um tapete, do lado brasileiro o motorista tem que desviar de crateras.”
Posted on: Sun, 18 Aug 2013 16:23:59 +0000
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