Às vezes, bate uma vontade de que as coisas continuassem sempre - TopicsExpress



          

Às vezes, bate uma vontade de que as coisas continuassem sempre iguais, imutáveis, perpétuas... mas nada permanece igual, tudo muda. E isso é bom. Mas nossa carência absurda criada por todo o contexto que vivemos (pais, sociedade, país, religião, educação) faz com que não enxergamos nada de verdade. Tudo o que deveria ser leve, bonito, transforma-se em pesado, feio... O que nos falta? Não sei se é falta, na realidade, acho que não. Não. A verdade é que escondemos. Nos escondemos de nós mesmos. E fazemos desse esconderijo nosso habitat. Delegamos aos outros nossa própria vida. E sofremos quando não somos reconhecidos por isso. Carência. Pura carência. E aí, o que acontece? Culpamos os outros por nossa própria infelicidade. Sim. Os outros; infelizes também. E assim, o ciclo vicioso nunca termina. É preciso romper com tudo isso. No começo é difícil. Uma verdadeira luta. O Ego grita, quer tomar conta, nos deixar mal. Mas é preciso ser mais forte que ele. Encarar-se com a inocência da criança se defrontando com sua humanidade primeira. Retornar ao útero e nascer. Dar o grande berro. E sorrir, talvez, até mesmo entre-lágrimas como uma legítima Cabíria de Fellini. Sim. E nunca se esquecer que sempre é tempo e que tudo, absolutamente tudo, está sempre aí, dentro de você. Sempre esteve. Feche os olhos. Silencie.
Posted on: Sat, 03 Aug 2013 17:32:36 +0000

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