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É HORA DE PARAR PARA PENSAR Foi muito bonito. Realmente foi de fazer o coração exultar! Mas o que realmente aconteceu? De onde veio tudo isso? Qual foi o motivo real? O estopim? Alguém sabe? Pois é! Ao que parece, o fósforo, ainda aceso, jogado ao chão pelo movimento Passe Livre, caiu sobre o rastilho de pólvora de uma infinidade de frustrações e descontentamentos e foi dar num paiol de munições que nós nem lembrávamos que estava lá. E tudo foi pelos ares. Tudo! Desde a revolta justa e dolorida pelo descaso criminoso com a saúde das pessoas; das mais simples, com o atendimento necroterial do SUS; daquelas um pouco mais favorecidas, aquele: “se não está gostando das Unimerdas da vida, vai pro SUS”, e dá-lhe mau atendimento! Logo em seguida vem a educação, pobre, mal arrumada, insuficiente para se vislumbrar qualquer futuro num país que se vê às portas de um primeiro mundo rebaixado para segundo. Uma educação que ainda está quase nos modelos dos “acordos Mec-Usaid” implantados pela ditadura militar sob pressões dos EUA e ameaças da Guerra Fria. E segue pela herança maldita entranhada em nossa carne desde as Capitanias Hereditárias, com gloriosa passagem pelos imperialismos britânico e americano: a corrupção. É o nosso câncer que está crescendo e espalhando metástase e que, se não for submetido a um doloroso tratamento quimioterápico e cirúrgico, nos matará. No momento, o sua manifestação maior é a PEC37. E como se já não fosse suficiente, encadeia-se uma corrente de motivos que levaríamos muito tempo e gastaríamos um dicionário de adjetivos para qualificar e explicar. Em meio a tudo isso, ficaram pequenas as razões do movimento Passe Livre: o aumento abusivo, inoportuno e provocativo das tarifas de transporte urbano. Os representantes do movimento foram extremamente cuidadosos e inteligentes ao serem questionados no programa Roda Viva, da TV Cultura de segunda feira, 17/06, em não capitalizar outros motivos, permanecendo firmes na redução das tarifas e, depois, como já era antes, continuar com a reivindicação de tarifa zero. Pra não perder os dedos, os senhores do sistema entregaram os anéis: as tarifas voltam ao que eram antes, em quase todo o Brasil. Mas já não dava mais tempo. Usando um jargão antigo, do tempo da ditadura, “as massas na rua são implacáveis”. Agora, como piranhas vorazes, já estavam nos cotovelos. A questão agora, pra eles, é salvar suas cabeças. Bem, não somos massa, somos pessoas. Tão ou mais inteligentes que eles. Sabemos que alguma coisa não está bem. Ainda não sabemos exatamente o que pode ser. Mas sabemos que é sério e é grave. A questão agora é procurarmos saber qual seria o problema principal, quais são os secundários e até onde se propagou o estrago. Tentar tirar de todos esses reclamos legítimos e urgentes o que os políticos e acadêmicos estão chamando de uma pauta de negociação. Não será fácil. A única forma é usar os recursos que a própria natureza usa para fazer sua seleção: colocar todos em marcha e, a própria marcha vai mostrando o desempenho de cada questão levantada. No fim todos chegarão lá e poderemos fazer com que sejam atendidas. Um exemplo disso. Vejo na internet, as pessoas postando e repercutindo tudo que lhes cai na tela. Usando o seu computador como uma metralhadora, disparando para todo lado. Fica congestionado, pesado, cansativo e chato. As pessoas mais simples, sem tempo e despreparadas vão abandonando o barco. O interessante seria que cada um escolhesse uma bandeira e não parasse de agitá-la. O tempo todo. Criando seus próprios textos, pesquisando e postando, repercutindo seus aliados, discutindo a forma de colocar as coisas. Ou seja, fazendo um trabalho compacto, interessante e inteligente. A internet e as redes sociais são armas extremamente poderosas. Elas têm sido usadas contra nós: nos vigiando, entregando nosso dados, estudando nossas preferências, nossas curiosidades e enfiando em nossas telas o que queremos e o que não queremos e até o que nos incomoda e agride. Precisamos usar essa arma em nossa defesa, fazendo dela nossa voz organizada. Fazer transitar por ela nossa estratégia. É inútil continuarmos usando uma ferramenta tão poderosa para dar tiro em rolinha (como diz o caipira). Se ficarmos expondo nossas insatisfações desordenadamente, nossos sentimentos e, até, como fazem alguns, nosso estado de espírito, estaremos fragilizados e os agentes que se alojaram no sistema, marqueteiros políticos, publicitários, agentes financeiros e, fundamentalmente, bandidos, usarão essas informações contra cada um de nós. Por mim, eu já escolhi minha bandeira: até que seja totalmente banida da pauta do congresso, retirada, rasgada e jogada no lixo, vou pesquisar e repercutir tudo que puder sobre a PEC37. No mais, só vou comentar e curtir as demais bandeiras. E vamos à luta. Sabemos hoje que não é só o nosso país que precisa de mudar, o mundo todo está em frangalho. Não somos melhor que nenhum outro povo, mas somos uma gente muito especial. Podemos dar nossa contribuição para humanizar este novo mundo globalizado, mas não globalizado por e para corporações, sistemas, governos comprometidos e máfias, mas sim para pessoas, somos sete bilhões de inteligências viajando pelo espaço em cima deste planeta. Dacio Villar
Posted on: Mon, 24 Jun 2013 05:00:22 +0000

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