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É certo, diz um autor, a ingratidão não pode existir no Purgatório. Aquelas benditas almas hão de proteger e socorrer os que as aliviam nesta vida com seus sufrágios. O célebre Cardeal Baronio con­ta que uma pessoa devota das santas almas foi terri­velmente tentada na hora da morte. Estava desolada e quase em estado de desespero, quando uma multidão de pessoas veio em seu auxílio. Logo ficou livre de toda tentação e entrou em doce paz. Perguntou curiosa: — Que multidão é esta que entrou aqui e na mesma hora senti tanto alicio e fui socorrida pelo céu? — Somos as almas que tirastes do purgatório, responde uma doce voz, e viemos buscar vossa alma para juntos entrarmos no céu. Ao ouvir estas palavras, a agonizante feliz sor­riu e expirou. São Felipe Neri era também devotíssimo das al­mas, e, cheio de caridade, nunca deixou de socorrê-las em toda sua vida. Muitas vezes lhe apareceram para lhe testemunhar uma gratidão profunda. De­pois da morte do Santo, um dos seus confrades o viu na glória do céu, cercado de uma multidão de bem-aventurados no esplendor da glória eterna. — Que corte é esta que vos cerca? Pergunta o Padre. — São as almas que livrei do purgatório e que salvei. Vieram me acompanhar na glória. Um dia Santa Brígida, numa visão que teve do purgatório, ouviu a voz de um Anjo que descia do céu para consolar as almas e repetia: — Bendito seja aquele que ainda na terra en­quanto vivo, ajuda as almas do purgatório com suas orações e boas obras! A justiça de Deus exige que necessariamente as almas sejam purificadas pelo fo­go e as obras boas dos amigos das almas as podem livrar do sofrimento. Dos abismos a Santa ouviu também esta súplica: “Ó Cristo Jesus, nosso Juiz justíssimo, em nome da vossa misericórdia infinita não olheis as nossas faltas que são inumeráveis, mas os méritos do vosso Preciosíssimo Sangue na Paixão! Senhor, fazei que os eclesiásticos, religiosos e prelados, com um senti­mento de caridade que vós lhe dareis, venham nos socorrer em nossa triste situação por suas orações, esmolas e indulgências, que eles nos tirem de nossa triste situação”. Outras vozes respondiam agradecidas: Graças, mil graças, Senhor, a todos os que nos aliviam em nossas desgraças. Senhor, que o vosso poder pague o cêntuplo aos nossos benfeitores que nos levaram a vossa eterna e divina luz. Era a voz da gratidão do purgatório. Na morte e depois da morte seremos recompensados pelo que tivermos feito em sufrágio das bendi­tas almas do purgatório. corecatholica.blogspot.br/2013/11/tenhamos-compaixao-das-pobres-almas-3.html
Posted on: Wed, 06 Nov 2013 02:18:50 +0000

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