É consternador ver amigos da nossa própria geração partirem para o Oriente Eterno, especialmente quando a ordem natural das coisas sugeriria pelo menos mais algumas décadas de sua contribuição à humanidade. Nesta manhã, ao ser comunicado da missa de sétimo dia, soube que meu amigo dos tempos de Escola Terra Mater, Ricardo Zulli, foi arrebatado ao convívio de seus mais queridos. Havia anos que não o via, nem recebia notícias suas, mas a consternação vem no mesmo grau. O mistério da vida é para ser contemplado. Ficam as memórias, e do Zulli, como o chamávamos, tenho algumas muito carinhosas. Jamais vou me esquecer dos adesivos e decalques que ele distribuía entre seus chapas. Lembro-me como se fosse hoje do dia em que ele me deu um da Philishave, um carro de corrida vermelho que você colava contra o vidro. O piloto tinha um capacete verde-amarelo assinado Ayrton Senna. Outro desses decalques era o brasão da Prefeitura de São Paulo, que ficou colado durante anos na madeira da cabeceira da minha antiga cama. O lema "non ducor, duco" - não sou conduzido, conduzo - nos faz refletir... Meus sinceros sentimentos aos parentes e amigos, e minhas orações para que meu amigo descanse em paz.
Posted on: Tue, 25 Jun 2013 11:53:38 +0000
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