É inevitável, o corpo dela é mais forte que qualquer anel no segundo dedo, a contar da direita para a esquerda, da minha mão direita. Aqueles lábios, o facto de saber que ela já sujou os bancos da católica com sémen ejaculado, no ano de caloira dela. Começo a imaginar uma série de brincadeira e só ambiciono colá-la na parede do meu quarto até os berros se esgotarem num ahhhh de satisfação. Ela tem cara de safada, eu sei algumas das histórias dela, mas finjo que não. Deixei de falar com ela porque ela contava a mesma história a todos os que a circulavam. Preferi o anonimato. Depois daquela noite da queima, perdi qualquer tipo de vontade de estar com ela, de consumir a carne dela. É só carne. Não aguento as dores nas narinas, vou ter que tomar um red bull para me conseguir levantar e fingir que a noite de ontem foi uma noite normal, a cocaína foi uma mentira. O absinto não foi comigo. O corpo mexia-se, estagnou pelo cansaço e pouco mais que isso. Só a consumi a ela, à branca. O resto foi uma miragem.
Posted on: Sun, 21 Jul 2013 13:10:11 +0000
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