É sempre incrível a sensação que nos dá depois que acabam os processos eleitorais, de grande mobilização ou fortes debates. Esses que - quem se organiza - vira e mexe se mete de cabeça, se cansa, se mata, passa fome, sede, sono, stress, raiva, angústia, mas principalmente não consegue viver sem. Voltei à vida social – online – hoje depois do Processo de Eleições Diretas do Partido dos e das Trabalhadoras e a inevitável e confusa sensação de finalização hoje me pegou. É uma sensação feliz e de leveza – afinal de contas acabou – mas também meio triste e saudosa – afinal de contas é maravilhoso participar de um processo como esse. Dá uma saudade das pessoas que você nem sabia que existiam e que passaram dias ao seu lado – não necessariamente na disputa (rs) – e que constroem o mesmo projeto de Brasil, que mobilizam o partido em lugares que você nem conhece e que são extremamente necessárias, mas que simplesmente nunca cruzaram seu caminho. Esse PED me deu a certeza do quanto é saudável para nosso partido as diferenças. É o que da liga, da vontade de se atualizar sempre, de voltar sempre naquele município de dialogo difícil, de militância controversa. É o que nos faz ir aos assentamentos, reservas, sindicatos, centros e diretórios acadêmicos, pequenas casas que orgulhosamente os militantes doam para sede do partido, roças e ter a certeza e a força pra falar do nosso partido sem derramar uma lágrima de tristeza, mas de sorrir muito por saber que o Brasil anda no caminho certo. Certamente tropeçamos e batemos nossa cara na parede dos erros do processo, a parte do PT que não permite que a mudança que empurra o partido pra frente esteja fora de seu controle e que foi, resolução a resolução, destruindo o caminho que o último congresso tinha apontado para avançar a democracia interna e a lealdade desse PED. Esbarramos nas velhas práticas não-petistas que alguns companheiros e companheiras incorporaram ao longo dos anos. Esbarramos no machismo. Esbarramos no racismo. Esbarramos na falta de compreensão de que é preciso renovar. Mas as rachaduras que nós fizemos nessa parede e os saltos sobre esses obstáculos foram importantes: mandamos uma mensagem ao partido. Mensagem de respeito à militância organizada, à diferença, ao feminismo, ao movimento LGBT, à juventude, aos negros e negras, aos deficientes. Ao povo que nos elege prefeitas, vereadoras, deputadas, senadoras, governadoras, presidenta. À historia desse partido que veio das ruas, dos sindicatos, das igrejas e terreiros, da estudantada reunida. Essa é a sensação de hoje. E é só o começo. #MensagemAoPartido #PartidoÉDasTrabalhadoras #DemocraciaSocialista
Posted on: Thu, 14 Nov 2013 18:58:02 +0000
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