A CLASSE MÉDIA E AS MUDANÇAS NO BRASIL 1) ASCENSÃO DA - TopicsExpress



          

A CLASSE MÉDIA E AS MUDANÇAS NO BRASIL 1) ASCENSÃO DA BURGUESIA: A classe média e a nova classe média, ascendeu definitivamente como classe social, passando a ser o motor econômico do país, a propagadora de novas ideias e a reivindicar maior papel na condução da sociedade. 2) REFORMAS BLOQUEADAS: Necessitava de urgentes reformas políticas, econômicas e sociais, mas as tímidas tentativas do governo foram barradas no Congresso, reduto de defensores dos privilégios da classe política. 3) ONDA REVOLUCIONÁRIA: Período internacional conturbado marcado por movimentos revolucionários, com povos de inúmeras regiões em processo de contestação das autoridades constituídas no rastro das mudanças socioeconômicas. 4) GASTOS IMPRÓPRIOS: Gastos excessivos do governo com privilégios e a suntuosidade das mordomias dos poderosos do poder, endividaram o país, mergulhando numa crise econômico-financeira. 5) IMPOSTOS ALTOS: Para financiar o crescente déficit público, o governo mantém altos impostos, sobrecarregando ainda mais a população. 6) PRIVILÉGIOS: O regime é caracterizado pela distribuição de cargos e privilégios, que podem ser concedidos a filiados dos partidos da base, sindicatos, movimentos sociais e parentes dos poderosos dos 3 poderes. Para muitos destes como os sindicatos e igrejas, o imposto não se aplica. 7) ELITE DESCONECTADA DO POVO: A corte vive distante da população em geral. Ameaçada pela ascensão da classe média, intensifica a luta por seus privilégios. 8) INFORMAÇÃO: O século XXI testemunha um aumento expressivo do acesso à comunicação através da Internet e das mídias sociais. A capacidade de mobilização da sociedade, aumenta expressivamente. 9) CADERNOS DE QUEIXAS: A população espontaneamente chama a expressar nas ruas, suas reclamações e reivindicações quanto aos serviços públicos de baixa qualidade. Amplo retrato da insatisfação da sociedade. 10) PROTESTOS NAS RUAS: Os protestos, foi o marco, embora não o primeiro passo, do início de um amplo processo de mudanças que deve se desenrolar e reformular a relação da sociedade com os 3 poderes. Calma gente, não sou o cavaleiro do apocalipse e nem sugiro qualquer golpe em nosso país. Os dez momentos acima, nada mais são, do que uma simples adaptação dos 10 momentos que antecederam a Queda da Bastilha na revolução francesa de 1789. Qualquer semelhança é mera coincidência. O texto foi tirado do jornal O Globo na matéria “Nós, o povo” deste final de semana. A matéria ainda diz, “Na França de 1789 e no Brasil de 2013, sociedades em crise de representação buscaram caminhos da cidadania”. Na verdade, a circunstância se aplicaria a vários países e parece eclodir em um fenômeno global. No Brasil, esta classe média que estava letárgica e omissa a vida política nacional, desperta num momento de transbordamento de insatisfação com: a má qualidade dos serviços públicos, casos recorrentes de corrupção, impunidade, alta carga tributária, baixos investimentos em infra estrutura, falta de segurança. Tudo isto, num ambiente de privilégios, nepotismo, aviões e helicópteros para festas e família, nomeações de raposas para tomarem conta dos galinheiros. A sociedade à serviço do estado, e não o inverso que seria o óbvio. Como explicar aos jovens, a existência de mais de 40 partidos políticos, que não sejam siglas de aluguel para venderem preciosos segundos nos insuportáveis horários políticos eleitorais? Quantos partidos poderiam existir para cobrir todo espectro ideológico? Comunista; Socialista Democrático; Trabalhista; Liberal; Democrata Cristão, o que mais? Sim um Verde (ambientalista), o que mais? Agora 40? Uma verdadeira sopa de letrinhas da enganação perante o eleitor. O que dizer da nomeação de advogado de partido que nem juiz foi, para ministro do STF? Precisamos “desprofissionalizar” a carreira política. Ela não deveria ser meio de vida, mas sim, a simples e voluntária capacidade de representar de forma democrática, segmentos da sociedade. A meritocracia deveria imperar sobre os cargos comissionados ocupados pelos filiados de partidos e pelegos dos sindicatos e movimentos sociais e estudantis. O governo chocado com a reação desta massa que até então por vezes nem votava, acenou com uma resposta que nem sequer foi reivindicada nas ruas, uma Assembleia Constituinte parcial. Ao notar que precipitara-se, converteu a proposta para um plebiscito. O TSE posicionou-se de forma lúcida. A oposição sugeriu um referendo. A sociedade não aderiu a nada disto, não que necessariamente a mudança das leis, mas sim mudança de atitude, decência e compromisso com o fiel cumprimento das leis existentes. Pode ser que os 3 poderes saiam impunes dos efeitos do movimento, mas a sociedade brasileira não será mais a mesma após as manifestações de 2013. A cidadania começa a se impor e nossa democracia tende a ganhar com todo este movimento. Lars Grael
Posted on: Tue, 16 Jul 2013 20:21:37 +0000

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