A manchete em discussão é "Bebês de medula óssea". A notícia é de 2007. E a pesquisa, de fato, é sobre a criação de espermatozoides (ou qualquer outra célula, na verdade, mas a pesquisa noticiada obteve sucesso com espermatozoides) a partir de células-tronco. E aí olha só o que virou nos comentários desse blog. Me incomoda profundamente o tipo de discurso que é tecido ali. É uma forma bem nova de ódio. Como li num outro artigo, a questão toda não é se precisamos de homens (ou de mulheres) pra reprodução. A questão é: qual é o significado da reprodução e da família numa sociedade altamente tecnológica? Há pesquisas como a da notícia que visam transformar células-tronco em gametas e há outras que buscam viabilizar a gestação fora do útero. Pelo andar da carruagem, eventualmente vai bastar um punhado de células pra se reproduzir. Nada de mães, nada de pais; apenas máquinas, como em "O Admirável Mundo Novo". Aliás, se as pessoas lessem mais Huxley, elas não nutririam esses tipos bobos de ódios.
Posted on: Fri, 26 Jul 2013 05:24:19 +0000
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