A minha imaginação. A minha imaginação É resistente e meliante Não se submete ao mercado Nem ás leis da produção, Não precisa de facebook Livro, revista, jornal ou outra mediação. Assume múltiplas formas, E não tem patrão, Ela é solta e não sofre o cunho Porque vai de mão em mão. A minha imaginação Gera-se, presumível, do encontro com o meu irmão, E vai polinizando no vento o espaço disponível. Se a porta se abre, ela entra, acomoda-se, convive, Fala e discute, e quando sai é outra em continuação. A minha imaginação, é uma ilusão, Não na essência, Mas na propriedade de que tenho sensação. Eu abro a janela e ela entra, Senta-se e conversamos, olhamos, damos retortas nas formas e misturamos sentidos, Depois ela sai e vai, sem dar contas da sua vida, nem sim, nem não! A minha imaginação é meliante e resiste Não tem pais, nem símbolos, nem patrão, é filha da vontade e enamorada da imensidão, É Mãe do meu irmão. Tino Justo em A Concertina dos Plebeus talvez edições.
Posted on: Thu, 28 Nov 2013 00:33:19 +0000