A (velha) nova onda da mídia: alarmismo econômico. O Bonner, no JN, parecia estar anunciando que o mundo ia acabar, falando da redução da expectativa do Banco Central. Acho que com essa argumentação, a grande mídia em geral tenta arrecadar mais simpatizantes pros protestos, que saem às ruas por conta da inflação e pela suposta crise. Assim vai se minando as resistências, a popularidade da presidenta, a confiança do mercado, entre outras coisas. É genial, se não fossem duas coisas: 1) Há quanto tempo se fala de crise mesmo? g1.globo/economia/seu-dinheiro/noticia/2011/09/entenda-como-crise-de-2008-influenciou-vida-dos-brasileiros.html - Essa é do G1, de 2011... economia.uol.br/ultnot/bbc/2008/09/18/ult2283u1339.jhtm - Essa é do UOL, do Grupo Abril, de 2008 Para a população em geral, há um aumento sensível dos preços, mas atribuído ao encarecimento do custo de vida por efeito dos eventos internacionais no país. O consumo das famílias aumentou, e vem aumentando, o desemprego é um dos baixos da história do país. Quer dizer, a grande mídia tenta colar uma suposta crise econômica no país, mas que não é perceptível na realidade, sobretudo para as famílias de classe média. Que o Eike perdeu dinheiro, foda-se ele. Que os bancos tiveram redução de lucro? Fodam-se os bancos. A indústria não produz, com medo do futuro? É só alarmismo, falta de confiança no mercado, causada pelos próprios agentes do mercado. O problema é achar que as pessoas não estão compreendendo isto hoje. Elas estão, está no discurso delas, na tv de plasma delas, entre outras coisas. Mas há mais alarmismo, e ele é político... 2) A mídia está tentando ressucitar os temas do Mensalão e tentando atribuir ao Lula suposto crime de influência, corrupção, o de sempre. Me parece tão eficaz quanto chutar vento. Demanda um enorme esforço, e consequentemente, maior desgaste, e não tem nenhum efeito prático. De novo, a grande mídia age com a máxima de o povo continua ignorante debaixo do braço. Só que esquecem do passado vergonhoso dos anos neoliberais e das redes de corrupção que estão aí desde as sesmarias, ainda com as mesmas famílias em alguns casos. Esquecem também que a sonegação das grandes empresas afeta mais o país do que a corrupção. Eu continuo a confiar na evolução político e intelectual da população brasileira das classes médias emergentes, porque vejo isto, tenho comprovação empírica disto. Confio também na cada vez menor influencia desta grande mídia na decisão da população em geral, fruto do próprio comportamento dos grandes conglomerados de mídia do país, que vem ignorando solenemente a população de classe baixa e suas demandas por séculos neste país.
Posted on: Fri, 28 Jun 2013 00:41:03 +0000
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