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AOS MEUS AMIGOS CENEFISTAS Tive um maravilhoso professor de Geografia chamado JOAQUIM CARDOZO, nome de poeta. Recentemente tivemos contato e perdi seu endereço. Recebi uma bela carta sua e respondi conforme abaixo. Se algum colega souber seu endereço, por favor, me forneça ou faça chegar a ele o seguinte texto: -------------------------------------------------------------------------------------- Meu querido Professor Joaquim Cardoso: Foi com enorme contentamento que recebi sua carta em resposta à minha carta anterior. A alegria se deve ao fato incontestável de que a sua vida, nesses oitenta anos vividos e nesses quarenta e poucos anos que passamos sem nos ver, foi de grande valia, uma vida que pode ser agradecida a Deus. É claro que houve percalços, dificuldades, sofrimento físico e espiritual, especialmente no aspecto profissional. Entretanto, esse mesmo Deus que lhe deu essas provações e, porque não dizer, privações, soube compensá-lo, lhe dando uma esposa maravilhosa, filhos e netos que formam com você uma família verdadeira, solidária, amigável, amorosa, que não lhe abandonou nos momentos dos quais dela você mais precisou. Então, Deus tirou com uma mão, mas, retribuiu com a outra, de uma forma muito mais quantificada e qualificada. E se tirou a visão de seus olhos, lhe deu aquilo que os hindus chamam de terceira visão, que é a capacidade de enxergar o lado espiritual dos acontecimentos, aquilo que se encontra por trás da matéria. Um grande exemplo dessa compaixão divina é o fato de que Ele abriu para você e para a sua família as portas da religião Batista, aquela que, de uma forma ou de outra, é a que está sempre mais próxima dos Seus desígnios, dos seus intuitos e do seu manto protetor. Eu não sou evangélico, sou católico, mas, tenho um respeito e uma admiração enormes pelos evangélicos, especialmente os Batistas, que, na minha opinião, alcançam a felicidade religiosa de uma forma mais sublime do que aqueles que praticam outros cultos e outras crenças. Afinal, Deus tem muitas casas, muitas roupas, muitos nomes, porem, é um só, e o seu Deus, o Deus dos Batistas, é igualmente o meu Deus, que eu tanto amo e venero. Meus amigos evangélicos, que são muitos, de variadas igrejas, costumam dizer, brincando, que eu sou um evangélico “honorário”. Chegam perto da verdade. Fiquei muito feliz ainda por você estar desenvolvendo através da informática meios de se comunicar com amplitude e abrangência, o que nos permitirá conversarmos, a partir de agora, sempre que a saudade apertar. Como eu lhe disse anteriormente já estou instalando o SKYPE e aprendendo seu funcionamento. Na próxima semana vou lhe fazer uma surpresa. Por falar em aprendizado, terminando minha carta, quero lhe dizer que oitenta anos de idade, com uma historia linda para contar, com um passado tão produtivo, com tantas experiências ricas, ou porque deram certo, ou porque não deram certo, mas todas elas valiosas, você ainda tem muito para nos ensinar e nós, os seus ex-alunos e os que não tiveram esse privilegio, espalhados pelo Brasil e pelo Mundo, reunidos através da internet, ainda temos muito o que aprender e receber de você. Ah, quando eu me lembro de suas aulas, tão bem preparadas, tão bem concebidas, tão bem elaboradas, tão profundas na busca de transmitir conhecimentos, tão criteriosas como experiência pedagógica, meus olhos lacrimejam e eu volto a viajar, como fazia naquela época, pela superfície terrestre, olhando os fenômenos significativos na paisagem e a relação recíproca entre o homem e o meio ambiente e a natureza. Mapas, acidentes, cabos, promontórios, ilhas, oceanos, vegetação, produção industrial, tanta coisa vem à minha mente, de volta, trazidos pelo carinho que você usou para me apresentar a eles. É uma pena que a vida tenha feito de mim um advogado por circunstancias que fugiram à minha vontade verdadeira: eu queria ter sido um professor de Geografia, como você foi e é. Um grande abraço e na próxima semana nos falaremos através do SKYPE. Até lá. JOSÉ CARDOSO DA CUNHA FILHO P/S – Li com muito interesse o seu artigo sobre a Ponte Rio-Niterói. Quando estudava no CNF era obrigado a viajar pela Baixada Fluminense para Friburgo, pois não havia a Ponte. Era horrível passar por aquele calor todo para chegar ao friozinho de Friburgo. Ela somente foi inaugurada após a minha saída do colégio e minha volta ao Recife. A Ponte foi um marco na historia dos transportes e do desenvolvimento tanto da cidade do Rio de Janeiro quanto da cidade de Niterói e do Estado do Rio (na época). Parabéns pelo tema e pelo conteúdo de seu artigo. Ele foi publicado em algum jornal? Seria importante publicá-lo.
Posted on: Fri, 27 Sep 2013 03:47:06 +0000

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