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Absolutamente de Acordo com o que se segue … Só é pena que José Sarmento de Matos não tenha demonstrado o mesmo grau de Independência e de Intensidade na defesa do Património Arquitectónico na Colina de Santa Ana . António Sérgio Rosa de Carvalho Tudo correu, pois, sobre rodas até à instalação na residência dos condes de Penalva dAlva da Embaixada dos Emirados Árabes Unidos. Talvez pouco agradados da frugalidade sóbria original da mansão adquirida, os representantes dos Emirados resolveram alindá-la ou, melhor, apalaçá-la. Vai daí, forraram a pedra toda a fachada, penduraram uns frontões triangulares sobre as janelas, coitadas, sem escala para tais ornamentos, e, inevitável, transformaram a antiga porta central de acesso, assaz despretensiosa, num portal desmesurado de frontão curvo, colunas e tudo, completamente desadequado, tal como os frontões das janelas, à proporcionalidade do edifício. E, como não chegasse, mais recentemente juntaram uns telheiros de vidro abaulados sobre as portas, com suportes de ferro retorcidos. Isto é, a fachada exterior da boa casa do conde de Penalva dAlva transformou-se num cenário a fazer de conta, uma espécie única de pastiche neopacóvio, que destoa e ofende a unidade e a harmonia do conjunto do Príncipe Real. Tudo à revelia de quem de direito, pois é bom não esquecer que o Príncipe Real se encontra abrangido por várias áreas de protecção, pelo que se impunha a autorização prévia para tais desmandos dos serviços de património, hoje DGPC. Se tal não chegasse, a ânsia de engrandecer o edifício tragou - é a expressão mais adequada - o espaço entre as duas casas, pondo e dispondo a seu bel-prazer com total desrespeito pelo vizinho, o atónito proprietário da antiga casa do conde de Penha Garcia. Sem aviso nem deferências, taparam uma escada comum que inutiliza o acesso à cave, colocaram um elevador, para o que cortaram a meio as saídas pendentes dos algerozes (fazendo a água escorrer para dentro da casa vizinha) e, por fim, ergueram um barracão incrível de metal agarrado à parede, tapando uma porta/janela do rés-do-chão da casa fronteira que outrora abria para esse mesmo logradouro comum. Tudo, claro, para clamar que, daqui por diante, o vizinho não tem qualquer direito a dispor de nenhum milímetro desse espaço, nem sequer da luz que dele provém. Cumpre-me juntar a minha voz de olisipógrafo, se tal vale de alguma coisa, ao coro já audível de pessoas que se indignam com este comportamento inesperado dos representantes de um Estado soberano que deveriam dar o exemplo de respeito pelas leis e os costumes de boa vizinhança dos países junto dos quais estão acreditados. Atentado no Príncipe Real, o Elogio da Prepotência Por José Sarmento de Matos 26/10/2013 in Público ovoodocorvo.blogspot.nl/2013/10/absolutamente-de-acordo-com-o-que-se.html
Posted on: Sat, 26 Oct 2013 07:06:25 +0000

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