Ao amigo Sergio Aleixo nesta data comemorativa de mais um ano de - TopicsExpress



          

Ao amigo Sergio Aleixo nesta data comemorativa de mais um ano de vida e pelo exemplo que nos proporciona com sua conduta de vida os meus parabéns e toda felicidade merecida. Como me falta o tino para letras me escuso de usar uma mensagem para brinda-lo com um abraço fraterno mesmo que distante. OS SULCOS DA FACE Os sinais dos tempos, em certo sentido, são implacáveis. Eles mostram, queiramos ou não, que mudanças ocorrem em várias direções e alteram a ordem das coisas à medida que o tempo avança produzindo novos efeitos. Compare uma fotografia sua de hoje com outra de alguns anos atrás e verá que seus traços continuam sendo identificados, mas que mudanças enormes se processaram. Depois de muito tempo, com o avançar da idade, aprofundam-se as transformações e os sulcos na pele começam a aparecer, sinalizando que as rugas irão conferir uma nova paisagem à sua face. Mas para que servem estas rugas da face se apenas sinalizam que a velhice está próxima e que o caminho natural das coisas nos conduz para um epílogo, para a morte? A aproximação da morte, que é inexorável e que um dia chegará, nos atormenta por nos fazer pensar que desaparecemos da face da terra e que uma grande ruptura ocorrerá com tudo aquilo que hoje amamos e damos valor. As rugas da face aumentam e a preocupação é cada vez mais crescente, e não abandonamos o temor da ruptura que nos colocará diante de um fim absoluto. Esta compreensão, que gera um grande sofrimento, está associada a uma grande falta de entendimento do que seja a vida e de quanto ela é valiosa para a compreensão de um ciclo. A nossa existência é composta por muitos ciclos que se organizam ao longo dos tempos. São muitas vidas que se associam e que se transformarão em ciclos evolutivos que nos aproximarão cada vez mais da perfeição. A expectativa de um fim é por si só uma grande desesperança que faz com que o ciclo, a vida presente, se transforme em um grande fardo e, aí sim, cada sulco da face representará uma ruga arrasadora da vida, sinalizando o término de tudo. Ao contrário, se tivermos outra compreensão, elas devem ser entendidas como anteparos para que novas perspectivas ocorram, e quanto mais profundas mais sinalizam que novas e grandes oportunidades surgirão e nos permitirão ser melhores, por tudo aquilo de bom que construímos neste ciclo. Os sulcos estão relacionados ao processo de envelhecimento e são as marcas das grandes realizações ou dos grandes sofrimentos superados. Quanto mais à idade avança mais aumentam as possibilidades de realizar mais e mais, dando mais sentido à vida, mais esperança de que a estamos conduzindo para ser cada vez melhor. As rugas da face são sulcos da vida, assim como são os sulcos da terra onde lançamos a semente para a germinação. O que não se pode fazer é considerá-las como sinais ruins do tempo e deixá-las a descoberto porque, assim como os sulcos da terra, o sol torrará as sementes antes mesmo de sua germinação. O descaso também não é a melhor atitude, porque se deixar de regar o sulco, da mesma forma que acontece na terra, a semente irá perecer deixando de guardar a vida para se transformar em adubo. Regar os sulcos da face é, antes de tudo, uma profissão de fé, que eleva a alma e nos faz acreditar na transformação do mundo a partir de nossa própria transformação. Irrigar os sulcos da face com os líquidos da esperança fazem deles sinais explícitos daquilo que a vida proporciona de bom. È uma demonstração fiel do acúmulo de experiências benéficas que se transformam em exemplos a seguir e respeitar. Olhando-se por este ângulo os sulcos se sucederão de forma cada vez mais lúcida e com um enorme potencial de evolução, e a morte deixará de ser um fim para ser considerada como o início de um novo ciclo evolutivo como uma nova oportunidade. Nosso Pai nos projetou como seus filhos e nos garantiu o livre arbítrio para construirmos os nossos ciclos virtuosos para que a vida, como um todo, seja cada vez mais desejada e comemorada, mesmo quando nos aproximamos do início de uma nova era. Gilberto Selber - 11 / 05 / 2013
Posted on: Fri, 18 Oct 2013 22:55:22 +0000

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