Carlos Manoel Pinheiro Moreira Matos. Há 26 anos, nesta data, a vida me presenteava com a dádiva de ser pai de um extraordinário ser. Neo, Neneo ou simplesmente Manoel. Lembro como se fosse hoje. Dia de domingo. Ainda gostava muito de jogar futebol e juntamos amigos aqui de Fortaleza e fomos enfrentar os amigos de São Luis do Curu, 70 km daqui. Um jogo-brincadeira, muito mais motivo pra uma cervejada boa. Sei que, no meio do jogo, alguém me avisa que meu irmão, médico Costa Filho, me chamava insistentemente ao telefone público. Celular era privilégio de pouquíssimos. Manoel está quase nascendo, disse ele. Larguei tudo e peguei a estrada, em um bugre falso, que insistia em não andar. Trancos e barrancos, cheguei ao Hospital Batista e já o encontrei nascido. Cabeludinho. Gordinho. Saudável. Uma emoção indescritível. Já tinha a Carlinha Matos. O casal me completava. Isto aconteceu em 1987. No dia da Proclamação da República. Hoje, não posso imaginar a minha vida sem ele. Somos dois moleques quando nos encontramos. Herdou de mim a gaiatice. A alegria do riso bom. A capacidade de amar as pessoas, sem distinção de qualquer ordem. O contentamento pela vida e com aquilo que ela lhe deu e dá. A certeza plena da presença de Deus no comando das nossas vidas. A aceitação das pessoas e seus erros, uma vez humanos. Meu filho, você é um pedaço grande da minha vida e com você no meu coração eu vou vencendo o tempo que me resta, rogando a Deus pela sua saúde, pela sua alegria de viver, na construção do seu Projeto de Vida. Que venha uma nova família linda e cheia de netos para o pai. Te amo demais. More than i can say, como você gosta de usar o inglês. Beijão do pai. O menino que cresceu e eu nem percebi no espelho, estampado, como envelheci. Mas, o coração é leve. É pluma no ar, enfrentando os perigos desse verbo amar.
Posted on: Fri, 15 Nov 2013 09:34:03 +0000
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