DESGOSTO PELA VIDA, SUICÍDIO Quando vamos falar do nosso maior - TopicsExpress



          

DESGOSTO PELA VIDA, SUICÍDIO Quando vamos falar do nosso maior patrimônio, as pessoas mais sensíveis pensam na magia do despertar de um grande Amor, no brilho do luar, no céu estrelado, na beleza e no perfume de uma flor, no mistério da gestação ou na germinação de uma minúscula sementinha que se tornará em uma árvore frondosa, na pureza do sorriso de uma criança, na onda do mar que se quebra na praia, na brisa fresca. Enquanto outros lembram a casa, o apartamento, o carro, as jóias, a empresa, a emoção das aplicações na bolsa de valores com sobe e desce das ações, assim a grande maioria dos homens vêem o seu patrimônio. Com advento do Espiritismo ele veio mostrar ao homem que o seu maior patrimônio é a Vida. Esse sim é o maior patrimônio que possuímos. Muitas vezes classificamos a vida como um dom de Deus e nunca como o nosso maior bem. Sem ela tudo se acaba; acabou as jóias, a casa, o apartamento, o carro novo, a empresa, e tudo mais. Logo a vida é um bem inalienável. O qual o homem não pode empenhá-lo por nada, e muito menos dispor dele. Portanto a vida é o bem mais importante que possuímos o nosso maior patrimônio. Nós perguntamos: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Porque sofremos tanto? – Na verdade somos os seres inteligentes da Criação que habitam os diversos Mundos habitados. Portanto somos Espíritos eternos. Fomos criados por Deus, simples e ignorantes com o objetivo de evoluir. Atualmente enquanto encarnados somos compostos de três elementos distintos, corpo físico, perispírito e alma ou Espírito encarnado. Sabemos que o corpo é a roupa da alma, que o perispírito é o laço que une o Espírito ao corpo. Com o fenômeno “morte” perdemos o corpo físico, e permanecemos vivos em com o perispírito. Destacamos a importância do suicídio. O homem precisa conhecer as suas conseqüências para saber evitá-lo. Kardec trata o assunto nas seguintes obras: Em Livro dos Espíritos Questões: 257, 943 a 957, Evangelho Segundo Espiritismo cap. V 14 e 29, cap. XXVIII 71, Céu Inferno 2ª Parte cap. V e Revista Espírita de setembro 1858. Na pergunta 944 do Livro dos Espíritos Kardec pergunta aos Espíritos Superiores: Pode o homem dispor de sua vida? Resposta: Não, só Deus tem esse direito. O suicídio é uma transgressão a Lei de Deus. Colocar termo a própria vida é um ato de rebeldia contra o Criador, é fugir de uma situação que embora embaraçosa penosa e sofrida, traz em seu bojo exatamente aquilo que falta ao Espírito em sua trajetória evolutiva, rumo à perfeição. Cada Ser está situado pelo Pai no lugar, na expiação ou na prova e no convívio com o grupo de Espíritos para com os quais está endividado e precisa se relacionar durante sua caminhada evolutiva na jornada terrena. No entanto muitos fogem a oportunidade de evoluir pelo auto-aniquilamento de sua vida física. Descobrem logo em seguida que não conseguiram colocar termo a vida, é a maior decepção ao suicida perceber que continua vivo, que a vida continua no Mundo Espiritual, mais penosa e sofrida; até que se retorne ao equilíbrio, que foi rompido pelo ato insano. Todas as religiões, todas as filosofias e doutrinas e a moral condenam o suicídio como sendo contrário à lei natural. O Ser humano muito materialista se apega na maioria das vezes ao seu Eu, fixando a mente em seus problemas, julgando-os maiores que sua capacidade de resolvê-los. Limitando-se a matéria, aos vícios e as paixões. Assim seu mundo se reduz as paixões efêmeras e aos prazeres grosseiros que a vida mundana oferece, e que ele momentaneamente está privado por n razões, esquecendo-se de que sua Espírito encarnado ou alma é eterna e segue uma escala evolutiva, que para crescer precisa passar por certos entraves. Sua preocupação torna-se uma obsessão; as pessoas a sua volta nem percebe seus problemas, o indivíduo camufla sua situação de tal maneira que quando acontece o suicídio é uma surpresa aos amigos, familiares e colegas de trabalho. Sabemos das dificuldades enfrentadas no dia-a-dia, principalmente por aquelas pessoas vítimas da obsessão. Cada um carrega sua cruz. Neste processo evolutivo as dificuldades enfrentadas são quase as mesmas para todos, mas para alguns parece ser mais penoso, pela maneira de ver a vida, os seus acontecimentos e pela evolução individual, que é algo primordial para entendermos as dificuldades os problemas da vida e sabermos superá-los. Dados da Organização Mundial de Saúde - OMS – nos diz que na atualidade quase um milhão de pessoas comete o suicídio por ano, e para cada suicídio concretizado, outras vinte pessoas tentaram e não obtiveram sucesso em seu intento. A maior ocorrência é entre os países desenvolvidos. Nos últimos levantamentos da OMS o Japão ocupava o primeiro lugar, e há algum tempo atrás ficou conhecido como o “Reino dos Suicídios”. O suicídio voluntário é uma falta grave aos olhos de Deus, é uma transgressão a Lei Divina. Ele por sua vez, pode ter por motivações diferentes segundo as circunstâncias: O suicídio motivado por desgostar da vida mesmo sendo uma insensatez é o mais comum. O desgosto pela vida que se apodera de certos indivíduos sem motivos aceitáveis, na sua grande maioria é o efeito da ociosidade e da falta de fé, que podem ser frutos da saciedade. O ocioso que se suicida deveria ter se dedicado ao trabalho incessante no bem; assim a existência não lhe teria sido um fardo pesado. Com o trabalho que nada tem de árido, a vida se escoa mais rapidamente, para quem usa de seus atributos com fins úteis e de acordo com suas aptidões naturais, nem percebe a vida escoar. Quem ocupa o seu tempo com as dores do semelhante suporta as contingências da vida com mais paciência e resignação, ao mesmo tempo em que trabalha buscando a felicidade durável que o espera na vida futura. O suicida que pratica seu ato tentando escapar das misérias e das decepções deste mundo é um pobre Espírito que não teve a coragem de suportá-las. Deus ajuda os que sofrem, e não os que não têm forças, nem coragem para suportar suas provas. As tribulações da vida são provas ou expiações. Felizes serão os que as suportarem sem se queixar, porque serão recompensados e, nestes casos, infelizes serão aqueles que, na sua impiedade, esperam para eles uma saída naquilo que chamam de sorte. Ela pode favorecê-los por um instante, para que mais tarde sintam e de modo cruel o vazio em que se encontram. Outra motivação para dar cabo à própria vida é a vergonha por uma má ação, tentando com isso impedir que a vergonha envolva sua família. Este ato não irá apagar a falta e ainda acrescentará outra falta. Quando se teve coragem de praticar o mal, deve-se também ter coragem de sofrer suas conseqüências. Em todos os casos, Deus é quem julga e pode diminuir o rigor da sua justiça, conforme a causa. Assim é que aquele que comete o suicídio, não procede bem. Mas, como acredita que sim, Deus levará em conta a sua intenção, porque se trata de uma expiação que o suicida impôs a si mesmo. Sua intenção atenua a falta. Mas nem por isso ele deixa de ser faltoso, porque quem tira a própria vida para fugir à vergonha de uma má ação, prova que dá mais valor à estima dos homens que à de Deus. Retorna à vida espiritual carregado de iniqüidades, tendo-se privado dos meios de repará-las durante a vida carnal. Mas, Deus que se deixa levar mais que os homens pelas súplicas, freqüentemente perdoa o arrependimento sincero e leva em conta os esforços no sentido de reparamos os nossos erros. Por sua vez o suicida, com seu ato insano, nada reparam. O suicídio motivado pela intenção de se chegar mais rápido a uma vida melhor é um erro. É louco ou se está alucinado o homem que pensa ser isso possível. Para atingir esse intento, é muito mais produtivo que a pessoa viva praticando o bem. Ao suicidar-se, ele retarda sua entrada em um mundo melhor e terá que pedir que lhe seja concedido o direito de recomeçar enfrentando dificuldades ainda maiores, para concluir a vida que interrompeu sob a influência de uma falsa idéia. Uma falta, jamais lhe dará acesso ao santuário dos eleitos. Renunciar à própria vida com a intenção de salvar a de outrem ou de ser útil aos seus semelhantes é meritório aos olhos de Deus, é sublime! Isto porque nossa vida é o bem terreno de maior valor, e, por isso, desistir da vida pelo bem de nossos semelhantes não se caracteriza como suicídio, mas um sacrifício; e todo sacrifício que o homem venha a fazer à custa de sua própria felicidade é resultado da prática da caridade. Todavia, não podemos esquecer que Deus se opõe a qualquer sacrifício inútil. Assim, ao sacrificar a própria vida, o homem deve refletir sobre se sua vida não será mais útil do que sua morte? Além do mais, Deus não vê com prazer o sacrifício, se for manchado pelo orgulho. Um sacrifício somente é meritório aos olhos de deus se for desinteressado, e algumas vezes, aqueles que o praticam, têm uma segunda intenção que diminui o valor de seu ato aos olhos de Deus. Comete suicídio moral o homem que perece como vítima do abuso de paixões, que sabe lhe abreviará o fim, mas às quais não consegue resistir, porque se transformaram, pelo hábito, em verdadeiras necessidades físicas. Entende-se que ele, nesses casos é duplamente culpado, pois nele há falta de coragem e bestialidade, somadas ao esquecimento de Deus. É mais culpado do que aquele que tira a própria vida por desespero, porque tem tempo de refletir sobre seus atos. Diferentemente de quem é vítima do abuso das paixões, quem comete suicídio num instante de desespero vive numa espécie de delírio que se aproxima da loucura. Por isso, o primeiro, mesmo não tendo dado cabo de sua vida de imediato, será muito mais punido, porque as penas são sempre proporcionais à consciência que se tenha da falta cometida. Aqui podemos citar todos os excessos, vícios do fumo, álcool, drogas... O suicídio voluntário é um erro mesmo quando uma pessoa vê à sua frente uma morte inevitável. Não se deve abreviar a vida voluntariamente, ainda que se acredite que ela irá durar apenas alguns instantes. É sempre culpado aquele que não aguarda o fim estabelecido por Deus. Ninguém pode ter certeza de que, apesar das aparências, este fim tenha realmente chegado? Que um socorro inesperado não possa vir até o último momento? Em suma, abreviar a vida, mesmo que por um instante é sempre uma falta de resignação e submissão a vontade de Deus. A conseqüência de tal ato terá sempre uma pena proporcional à gravidade da falta cometida. De acordo com as circunstâncias em que a falta foi cometida é que serão as expiações e provas a serem suportadas, além da pena de recomeçar a vida no mesmo ponto em que foi abandonada e em piores condições. Nos países asiáticos as mulheres viúvas costumam deixar-se queimar sobre os corpos de seus maridos. Elas não podem ser consideradas suicidas, porque obedecem a um pré-conceito – uma tradição - e amiúde o fazem mais porque são forçadas do que pela livre vontade. Mas, mesmo quando agem espontaneamente, como julga cumprir um dever, seu ato não caracteriza um suicídio. Por esse ato não devem sofrer as conseqüências como suicida, pois são desculpáveis pela falta de formação moral, pela ignorância em que se encontram. Esses usos bárbaros e estúpidos desaparecerão com o advento da civilização moderna. Cometem também enorme erro aquelas pessoas que, não se conformando com a perda de entes queridos, se suicidam na esperança de ir juntar-se a eles na vida futura. O resultado é bastante diverso daquilo que esperavam, pois, ao invés de se unirem àqueles a quem amam, acabam por se afastar deles ainda mais. Assim sucede porque Deus não pode recompensar um ato de covardia e um insulto que lhe é lançado por não confiarem na Sua providência. Essas pessoas pagarão por esse instante de loucura com aflições maiores do que as que pensaram abreviar em se matando, e não terão, para compensá-las, a satisfação que esperavam de reverem seus entes queridos. Isso será para eles uma provação. A timidez pode levar ao suicídio, devido às pressões de uma determinada cultura que talvez não preste atenção ao relacionamento interpessoal, mas tão somente ao desempenho profissional e a competição, embora esse seja um aspecto encontrado mais nos países de primeiro mundo, o tímido teme a situação de prova a todo o momento; criando uma ficção de vitória, para não ter que passar por apuros a todo o momento, mesmo que isto lhe custe um prazer futuro, o tímido comete como que um “estelionato social”, sua idéia é retirar-se do meio onde se encontra pela fuga do suicídio. Existe um tipo de suicídio que é muito importante ser estudado. O suicídio em decorrência da depressão; nesses casos eles podem ter dois motivos distintos dependendo do tipo de depressão que o individuo sofre. A depressão pode ser patológica ou causada por motivos externos. A depressão patológica é devido a uma disfunção neurológica onde os neurônios não produzem a quantidade suficiente de neurotransmissores: noradrenalina, serotonina e dopamina que produzem sensação de bem estar e prazer às pessoas. Estes pacientes devem ser tratadas com medicamentos e orientação por especialistas da área. A depressão causada por motivos exteriores costuma ter como causa as grandes perdas – morte de ente querido, separação conjugal, reveses financeiros, enfermidades terminais... - Nestes casos os pacientes devem ser tratados por profissionais da área com ajuda de medicamentos. Caso não se busque o tratamento especializado certamente o paciente cometerá o suicídio. Em alguns casos de suicídio, nota-se a persistência de uma espécie de um apego excessivo aos bens materiais, da qual o Espírito estando liberto inutilmente tenta se livrar, a fim de dirigir se a mundos melhores, mas que se tornam inacessíveis a eles. A maior parte dos suicidas sente um grande remorso por terem praticado um ato vendo-o inútil, do qual só conhecem e provam decepções. Infelizes também serão os que levam outro infeliz ao ato insano em momento de desespero, porque responderão por isso como por um homicídio. Aquele que causou um suicídio ou que poderia tê-lo evitado e não o fez, é considerado mais culpado que o suicida. A observação mostra que as conseqüências do suicídio realmente não são sempre as mesmas para todos os indivíduos. Porém, algumas dessas conseqüências são comuns a todos os casos de morte violenta, isto é, aquela em que acontece a interrupção brusca da vida. De início observa-se a persistência mais prolongada e firme do laço que une o Espírito ao corpo. Isto acontece porque este laço está, quase sempre, na plenitude de sua força no momento em que o corpo morre. Ao passo que, quando se trata de uma morte natural, ele enfraquece gradualmente e, às vezes, chega até a se desfazer antes mesmo da vida se extinguir totalmente no corpo. As conseqüências advindas desse estado de coisas é o prolongamento da perturbação do Espírito, seguida da ilusão que o faz acreditar, por um tempo mais ou menos longo, que ainda faz parte do mundo dos vivos. A afinidade que permanece entre o Espírito e o corpo produz, em alguns suicidas, uma espécie de repercussão do estado do corpo sobre o Espírito, o qual, contra sua vontade, passa a sentir os efeitos da decomposição, sentindo a ação dos vermes devorando o corpo, proporcionando-lhe uma sensação plena de angústia e horror. Este estado pode persistir pelo tempo que ainda deveria durar a vida que foi interrompida. Este último efeito não é geral, mas em caso algum o suicida fica livre das conseqüências de sua falta de coragem e, cedo ou tarde, terá que pagar pelo seu erro, de um modo ou de outro. Assim é que certos Espíritos, informando terem sido muito infelizes sobre a Terra, esclareceram ser sua desgraça decorrente de um suicídio praticado numa existência anterior e, numa tentativa de resgatar a sua falta com resignação haviam se submetido voluntariamente a novas provas. O suicídio traz para o Espírito as mais diversas conseqüências, e para ele não há penas previamente determinadas. Observa-se, contudo, que há uma conseqüência inevitável para todos os casos de suicídio: o desapontamento. A sua sorte em outra existência certamente será pior do que aquela cujo curso interrompeu, e não é a mesma para todos; depende das circunstâncias, isto é, em todos os casos, as penas correspondem sempre às causas que o motivaram o ato insano. Para a maioria dos suicidas a expiação pela sua falta inicia-se imediatamente ao ato. Queremos salientar que o suicídio involuntário não é imputável ao seu autor, pois, o louco, o embriagado e o alucinado que o comete não sabe o que faz. Em geral, não há culpabilidade numa ação, se não há a intenção ou a perfeita consciência de que se está praticando o mal. O Espiritismo nos dá a resposta, pois demonstra pelo testemunho dos que sucumbiram pelo suicídio que este ato não se constitui apenas em uma infração a lei moral, consideração que pouco importa a certos indivíduos, mas sim num ato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica, muito pelo contrário. Assim sendo, não é através da teoria que isto nos é ensinado, mas sim pelos próprios fatos que os Espíritos de suicidas expõem sob nossos olhos. Que Jesus nos abençoe livrando-nos desse ato insano.
Posted on: Sat, 21 Sep 2013 09:45:19 +0000

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