Entrevista sem mistério na hora da seleção de trainees Saiba - TopicsExpress



          

Entrevista sem mistério na hora da seleção de trainees Saiba o que está por trás das perguntas feitas pelos recrutadores durante o processo de seleção e evite as “pegadinhas” Conhecer os valores, as motivações e a personalidade dos jovens é a grande preocupação dos recrutadores desde a etapa online da seleção de um programa de trainee. Em vez das tradicionais questões como “Quais são seus pontos fortes e fracos?” e “Como você se imagina daqui a cinco anos?”, entram perguntas como “Que legado você espera deixar nesta empresa?” ou “Qual a decisão mais difícil que já tomou em sua vida?”. Por meio delas, serão analisados fatores como autoconfiança, autoconhecimento, iniciativa, capacidade de adaptação, maturidade e habilidade para gestão de conflitos. Portanto, a forma como as perguntas são construídas também merece atenção especial. “Perguntas hipotéticas levam a respostas teóricas”, diz Maíra Habimorad, sócia da Cia de Talentos, empresa que assessora corporações de médio e grande porte nos seus programas de trainee. “Por isso, preferimos construí-las com base em exemplos concretos ou situações pregressas. O comportamento que você adotou numa situação passada costuma predizer como você reagirá na mesma situação no futuro”, diz Maíra. A primeira vantagem trazida por essas mudanças foi tornar a entrevista e o processo seletivo menos previsíveis, obtendo respostas mais espontâneas – e verdadeiras – dos candidatos. Outra foi a possibilidade de checar se a história pessoal do jovem dá suporte às características de personalidade que ele diz ter. Assim, elevam-se as chances de garantir que a química entre candidato e empresa realmente exista e reduz-se o índice de abandono dos programas pelos trainees. Confira algumas perguntas que vêm sendo feitas pelos recrutadores e saiba o que eles estão avaliando por meio delas. Prova de fogo A seguir, sete exemplos de perguntas feitas pelos recrutadores e o que está sendo avaliado em cada uma delas. Você vai notar que, em algumas, os empregadores estão atrás de experiências que confirmem as competências do candidato ou a forma de aprendizado, uma rotina que tem sido cada vez mais utilizada nas entrevistas de seleção. 1 – Que legado você quer deixar nesta empresa? Por meio da resposta, os recrutadores avaliam o perfil profissional do candidato e o que ele prioriza. “A resposta pode ser: aumentar o faturamento; formar pessoas; criar um projeto inovador. Cada uma delas sugere um perfil: analítico, voltado para pessoas ou criativo”, diz Maíra Habimorad, da Cia de Talentos. 2 – Você teve oportunidade de liderar um projeto? Conte-nos como foi o processo. A pergunta avalia o estilo de liderança do candidato. “Vamos analisar se a iniciativa do projeto foi dele, se ele permitiu que outras pessoas colaborassem, como distribuiu as tarefas, se foi capaz de identificar problemas no projeto e se teve humildade para fazer as correções necessárias”, diz Danilo Castro, diretor da Page Personnel. 3 – De que forma você busca autoconhecimento? “As respostas podem ser muitas: lendo, na religião, na terapia, fazendo coaching – e todas elas são válidas. O que importa mesmo é saber se a pessoa realmente busca autoconhecimento”, diz Maíra Habimorad. A pergunta só é formulada dessa forma para forçar o candidato a dar um exemplo concreto. Assim, os recrutadores podem desmascarar futuros trainees que responderiam “sim” mesmo que não tivessem preocupação real com o tema. 4 – Entre seus amigos, como você é lembrado? Por meio dessa pergunta, o candidato é chamado a discorrer sobre suas qualidades e defeitos e a mostrar como lida com a visão que outras pessoas têm dele. “Podemos avaliar como ele transita entre os demais e sua habilidade nos relacionamentos interpessoais, observando, por exemplo, se o jovem fica na defensiva quando os outros falam dos defeitos que enxergam nele”, diz Danilo Castro, da consultoria Page Personnel. 5 – O que você sabe sobre si mesmo hoje que não sabia há cinco anos? Essa é mais uma pergunta que apura o grau de autoconhecimento do candidato. “Quem não tem essa preocupação pode simplesmente dizer que aprendeu inglês”, ilustra Maíra Habimorad. Mas aquele que busca o autoconhecimento tende a dar um exemplo de decisão que tomou com base em experiências anteriores. “Pode ser uma resposta como: `Descobri que definitivamente não quero carreira acadêmica porque já trabalhei num projeto do tipo na faculdade e vi que não é para mim”, exemplifica a consultora. 6 – Por que escolheu esta empresa e não a concorrente? A questão permite avaliar se o candidato estudou o mercado no qual está tentando ingressar, se entende o negócio e se de fato se identifica com os valores da companhia – de cuja seleção está participando. 7 – Qual a decisão mais difícil que já tomou em sua vida? O grau de maturidade do candidato e a forma como faz suas escolhas são investigados nessa pergunta. “Essa decisão foi difícil mesmo? O que ele levou em conta ao tomar essa decisão? Do que precisou abrir mão? Esses são alguns pontos que estão por trás da questão e que vamos observar”, diz Maíra Habimorad, da Cia de Talentos. Conte uma situação em que precisou trabalhar com uma pessoa difícil. Esse tema analisa a capacidade do candidato de trabalhar em equipe, sua habilidade de conviver com a diversidade e sua flexibilidade. “Vamos observar, por exemplo, se ele tentou entender o ponto de vista da outra pessoa, por que ela agia da forma que o incomodava, ou se apenas impôs sua ideia, desconsiderando a forma de pensar do outro”, exemplifica a consultora Maíra, da Cia de Talentos.
Posted on: Fri, 30 Aug 2013 00:05:03 +0000

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