Eu apoio uma luta, mas ela é maior. Durante dias as redes - TopicsExpress



          

Eu apoio uma luta, mas ela é maior. Durante dias as redes sociais mobilizaram pessoas a fim de mostrar que o povo, alcunhando-se gigante, possui a capacidade de se embater contra o sistema político falho, contra a governança declaradamente oportunista à usurpação, ironicamente, contra a representação que se mostra defensora de interesses desfavoráveis à coletividade e, ademais, teve-lhe feito o favor de em suas confortáveis e generosas e vultosas poltronas, compradas a custeio público, dar-lhe assento à traseira. O pretenso movimento supracitado, trajado de vintém a que não cabe a leviandade de relacionar-lho, extrapolou os limites territoriais inicialmente previstos e, no mesmo viés, adindo à preconização, somaram-se tópicos por que reivindicar. Findou por abraçar o país e dele tomar carreadouro e passeio públicos a entoar canto de ordem e de progresso, as qualidades previstas essenciais e subterfugidas mansa e continuamente pela gestão pública e, encapado por lema de objetivo e destinatário resolvido antes mesmo de haver a noção da proporção que tomaria a medida, pôs o dedo em riste à face do agressor com entono de ameaça. Claras estão as personificações da reunião em possuidor de dedo e da gerência pública em possuidora de face; faço-as porque agradam-me a vivência contextual-literária. Apesar de a mídia jornalística salientar agressivamente através de seus veículos a parcela destruidora do bem público que se faz presente às apresentações da insatisfeita população, tentando apregoar-lhe crédito de ilegalidade ou imoralidade, àquele tiro com bala de borracha e tinha como endereço o peito manifestante deu-se como destinatário o pé do que no ânimo revolucionário jogava água como se lhe fosse abrandar a chama da inconformidade. A movimentação de beleza corajosa ao enfrentamento de quem se pusesse como obstáculo independente de arma portada correu em forma de imagens a todos os cantos a que chegasse informação e, insuflando à insurgência, deu-lhe gás para levar à rua pessoas bastantes para pasmar o político, que se calou a boca, desfazer-se o aumento de tarifa pública que a qualquer é sabido abusivo, causar a adesão de nacional em solo estrangeiro e, no estrangeiro, em época de sermos notícia ao redor do globo pelo daqui famoso futebol, termos páginas em periódicos pela geração de um cenário que beira à guerra civil em determinado momento e afasta a dita terra prometida de macacos selvagens que se apresentam à urbana, luxúria e beleza de mulheres daquele que a conhece por outro meio que não a visitação. O filho da mãe gentil não anda tão gentil para com a forma com que sua genitora toma as rédeas da casa. Tomara a via da rebeldia depois de chegar à juventude, completou vinte e poucos de democracia, e qui-la como meio para alcance de um fim. Visto que, em inversão de ordem, e em oportuna terminologia, o filho foi quem pariu a mãe, se mirarmos a gestão em si, destitui-la seria uma premissa resultante da lógica da democrática e ocasionada situação – quanto à eleição, e não me pendo à fala sobre supressão de direitos – todavia, não o é. Nota que não é feita referência à parcialidade do direito reprimido ou não, pois se o fizesse, importaria em justificativa, e caso a trouxesse a cabo também o faria com a carga moral que me é inerente, com a inclinação política que possuo, com o posicionamento sociológico que adquiri durante a vida, com a filosófica racionalização que criei acerca de uma sociedade digna e justa e positiva, com a opinião pessoal em relação ao uso de instrumentos de contenção de massa, com a elaboração intelectual de forma e sistema de governo devidos, e, em discordando em tópico da tua opinião, dar-te-ia fio a discorrer sobre tudo a que se opõe em relação ao discorrido e o presente texto não encontra a intenção de tal. Seguindo oportunamente o rastro e a visibilidade da mobilização inicialmente apartidária que tocou o país com aquele dedo, símbolo do fenômeno linguístico que me dotou a escrita, o que se viu no último ajuntamento foi a aparição de legenda de bando político, seja qual seja não lhe desmereço a peleja, ainda que acercada de gritos e de salvas de reproche cuja origem, essa sim apartidária, refletia a uníssono ânsia por mudança. Censuravam, os ululantes, não a sigla que determinava inclinação a corrente sociológica – uma e outra, dá na mesma saca da qual sai a farinha política que pipoca entre cá e lá a buscar suporte de finança ou de pessoa para que haja manutenção da proximidade do leite saído da teta da mãe, aquela gentil, já que essa dá-lho de sobejo –, mas sim a conveniência conhecida e abraçada pela bandeira e que se assemelhava àquela do eleito e a que naquele momento se opunha o todo, o surfe na onda alheia. A prática é natural daquele que queira aparecer, há de convir-se com a lógica, pois não se tem um espaço televisivo em que apareça durante toda a hora do dia, em toda emissora de cunho jornalístico – ou não, como foi o caso do plantão -, e de custo igual a nada precisando-se de aparecer e de arrecadar colaboradores, seja pelo enfraquecido cofre, seja pelo militante que se dispersou em meio ao conformismo e à comodidade política de que se abancou a pátria. Mas foi além. Digo-te, aqui, o que se dizia em momento anterior ao do manifesto primeiro que tomou conta do Congresso Nacional: há a liderança social, porém pretensa de uma finalidade, e essa guardava relação com a tarifa de transporte público, que em verdade é privado, com subsídio, com blá, e blá, e toda essa sujidade mais que se fez à prestação de serviço por parte estatal, não restrito o comentário a esse segmento e direcionada a bom entendedor, a quem a meia palavra faz-se de bastante. A surpresa via mídia de massa, que se traja de rede social fazendo as vias de agenda e comunicação coletivas, antes mesmo que a referida insurreição se desse por findada nas ruas da nação, onde o aguerrido ainda postava farrapo à face para não chorar ou sufocar, e pedra e pau a mão – o do cartaz já o havia deixado a sua própria sorte – e transbordava de plantão as programações da televisão e do rádio, propunha que se adentrasse um sítio da rede de internete e se dispusesse o nome a uma irresignação virtual e que se seguia paralela ao protesto de minutos antes – que, a bem dizer, ainda possuía a fagulha insurgente acesa, porém, fadada ao fracasso, o pelotão de choque já lá havia chegado -, e conforme o mesmo mostrava em número, contava com seguidores na casa da dezena dos milhares: sustentava o impeachment da presidenta da república. Primeiro, resolve-se, o povo, mostrar diferente à inércia apática que o havia prendido ao resguardo de não mais que o tido às duras custas do trabalho e abertura do bolso ao leão. Em esboço de um ensaio sobre a nossa própria lucidez, de uma nova autoria e alheia àquela do José, que aqui trato com artigo em razão da informalidade minha para com ele, a revolucionária intelectualidade que tomava a nação sem que houvesse à boiada um peão regente, por oportuna analogia, subitamente situa-se aos milhares posicionada a que a chefe de governo, e de estado por incumbência do presidencialismo, deixe vaga a liderança da comitiva em marcha, como se razão o fosse o que havia passado ou pretendido de passar. Um prisma breve faz-se ao ver que, em contradição a quem deseje ver outro naquela principal cadeira do executivo, ou outra, não ser-lhes-ia excludente por gênero, não guardava a relação devida com o espírito, mesmo que esse orasse por mais radical que fosse o demandado, apresentado naquela corrente majoritária que angaria, ainda, adeptos para rebelarem-se. Então, a assunção de um paradigma virtual estabelece-se: que seja levada à rua a intenção de destituição da figura política que, ou costura a esburacada colcha que se põe corruptamente sobre a humilde nação – pois falar de um Brasil de cofre cheio, emergente, de erradicada pobreza, ser-lhe-ia (ao texto) um sofisma inapropriado à franqueza deste -, ou diz aos ventos que os problemas sociais terminar-se-ão em tempo curto, bem como diz da inflação, presente como se ar fosse a palavra e respiração o seu discurso, ainda assim, parece haver ausência de proporcionalidade se relacionada à aprovação de que dispõe a seu favor. Em alusão a outro momento histórico-político relevante da imposição social sobre manutenção política nacional, por ela foram praticados atos que, relacionados a outro gestor anterior que não cito o nome por crença de que da coisa ruim basta o epíteto em sonoro para que seja convidado à presença, segundo dizia uma imagem que circulava estampando ambos os rostos e em que cada um deles ocupava a metade, por menos o primeiro caíra, a segunda o havia feito por merecer. É injusto ver condenado que nem próximo à instalação de cárcere chega a ser levado, por coerção estatal, logicamente, pois o livre arbítrio lhe faz visitar aquilo que à telha lhe dá gana. Também o é saber que o porquinho público nunca mais terá aquela moeda, de pouca monta, claro, que é desinteressante buscar com perspicácia, e que foi ardilosamente subtraída por ato vil, seja por cueca, por meia, por conta no estrangeiro, por malgasto, por venda de bem público, por privatização que beira a chacota– aqui Vale dizer da liberdade, permito-ma –, e todo o mais (desde os primórdios da república – que to seja claro), desprezando o bem maior. E a prática indevida, já habituada à nação, fomenta o anseio por vociferar tudo o que seja audível ao destinatário, já que te ouve quando lhe convém, porém, abunda a real situação a que se põe em manifesto aquele que à rua passa o dia de braço levantado com cartaz, ou com a pedra que já se fez legítima por aquele que não te ouve para tomada de poder e para supressão de direito – a saber, desde a organizada sociedade civil, serve-lha, serve-ta na mesma proporção. Desfruta-la! –, é o mesmo oportunismo que se põe a surfar na onda do alheio, lá de cima. Porém, a coerência também leva o intelecto às outras bandas, àquelas que remontam no imaginário a sagaz busca da pretensiosa ação; e se a alcançam. Bem, o poder tomá-lo-ia o vice-presidente, um axioma. Um nome, defensor da mesma legenda, acompanhar-lhe-ia. Acaso ou fruto de estratagema da legenda, ser-nos-ia presente a disposição. A vista de quem por pô-lo aí se fez adepto ou não, qui-lo ou não deve haver sido indiferente à democracia do determinado momento – afastada a relativização de pensamento pela aliança –, e levemos como causa o acaso, no topo do Congresso Nacional e, caso necessitássemos de alguém mais à sucessão, lá estaria a legenda, mesma dos sobrepostos em hierarquia, e que já teriam a rédea da liderança em mãos. Percebe que sendo idêntica a legenda, encontrar-nos-íamos a mando, no bom sentido, de uma única ideologia. Não há mal que prejulgue a situação fictícia aqui criada. Apenas, deixa-nos alerta como cidadãos. Voltemos a ideia de sacar a liderança da república: por bem cumpre relacionar que, se tal argumento é levado a cabo por uma força impositiva da população que a assume como essencial e necessária, ir-se-ia dar margem à velha, aquela que uma vez bateu à porta e, assim, a comer pela beirada, e legitimando-se por um ato ou outro – institucional -, às vezes de sumir-lhe a opositiva resistência, nos mais altos graus daquela coerção, e o resto já conhecido e interpretado pelo leitor, encontrou-lha aberta. Talvez me haja sobrestado com tal temor, mas quem apartado de acesso ao pensamento alheio, e acaso reproduza-se incansavelmente nas manifestações que hoje atraem dezenas de milhares e talvez amanhã sejam centenas de milhares e passada uma semana já estejam às ruas os milhões de cidadãos indisciplinados, teria a certeza da impossibilidade de vir à rua o trajado de verde-camuflado, abaixo de capacete que resiste à pedra e ao pau do qual se faz munido o revolucionário selvagem – nem todos adotarão tal destemor – e que pensa a fazer frente ao empunhado rifle, ao fuzil, ao canhão, ao carro que passa por cima de outros carros, ao camião que derrama homem por causa do tanto que traz, ao avião que leva consigo uma infinidade de explosivo capaz de destruir casa, bairro e cidade, e multidão e todo o pensável em termos de destrutivo para alcance de ordem, e do todo de que que é possuidora a máquina bélica estatal, ninguém pode assegurar. De outra banda, dar-se-ia regozijo ao militar que, de outro tempo, ainda traz junto a ele o pensamento de que não houve nem haverá governo como aquele, e aquilo é que foi governo: a economia, o respeito, a organização, e tal e coisa, a bem dizer “há amparo a todo o ponto defendido” enquanto à maledicência sobra o “mesmo que o tenha distorcido”, quiçá não por dolo, mas por culpa de crença que encontra seus pilares firmes e fortes, porventura o faça por saber errado e ser um apreciador do descaso alheio. À peripécia e à desventura que lhe apresente a vida, dá-lhe a mesma recepção a fim de aclarar-lhe a melhor postura a praticar, se lhe for inevitável. Das reivindicações postas em pauta o difuso interesse do movimento dificulta-lhes a descoberta clara e a percepção daquela que se vá a perpetuar no tempo, sem apenas representar o fogo da palha que se acende ferozmente pelo seco material e mais ainda se insuflado de ar, mas que logo se abranda por faltar-lhe o dom da resistência. Entretanto, se o seja no sentido de mudar a raiz do problema, seja ele de natureza variada, assim como a quantidade do disposto em cartaz a levantar e por que se vai à rua o bloco, percebe que a tirada de um governante deixará na mesma situação o próximo, e o subsequente, e o que se vier como seguinte, e por aí adiante. Vai-se o anel, fica-nos o dedo e que ao próximo gestor caber-lhe-á encaixar penduricalho que tenha por bom ou, tomada a liberdade da parecença e da metáfora explícita – pois a de Camões, mansa e poética só serve à família feliz e a que a insurgência, ou ausência dela, causa-lhe indiferença, pois em nada lhe toca a alma ou o património -, enfiá-lo, o dedo, num cu, pois dele não vamos a longe na atual, e nem longe dele ficamos na que se apresenta breve. Não deu certo, que se refaça a luta que efetivamente cambiou uma situação nos moldes em que proposta, bem elaborada e difundida. Tudo bem, há que se dizer que se mudou, mas e insurreição está para o governo assim como o governo esteve, geração antes, para a velha – aquela de que tenho medo que bata-nos à porta ou, de soslaio se bem lhe entenda, a adentre sem pedir a permissa devida, e que também sigo o princípio de que o maldito nem da alcunha tratamos – quando os hoje velhos ainda apresentavam traços de jovialidade é porque o modelo acertado resultou em desfalecido material. Muita coisa mudou de lá pra cá e, talvez, a personificação da boa ideia se haja corrompido pelo poder adquirido, pela fama alcançada, pelo carro à disposição, pela casa ofertada à gratuita – já que indenizada é a moradia -, pela liberdade que lhe é dada de aumentar seu próprio salário, pela sua mensal gasta ser bancada pelo público sem a necessidade de ter o soldo tocado, pela viagem a que se leva a família por ser sagrada, pelo numerário recebido daqui, pela soma providenciada de acolá, pela moeda de cá, ou pelo brinde de lá, pelo polícia a que não lhe faz jus tocar, pela pretensão descabida ao promotor que lhe quer investigar ou pelo juiz de que nada lhe adianta julgar. Quere algo novo, independente da instância ou da estância, e que o baluarte da tua, da nossa revolução, do nosso momento seja santificado e que àquele sangue de barata, ou de rato se por associação a furtiva conduta imoral transformada em habitual e que, pensa ele, com que devemo-nos acostumar o espírito, seja dado o que lhe é devido. A origem do todo, hoje falho e falido institucionalmente, obrigar-lhe-á a pôr-se em ouvidoria, através de uma única mudança que abranja-te a pretensão, seja ela qual for, tenha ela qualquer natureza, desde que seja postada sobre o bem coletivo e paire pela banda da justiça: uma nova lei maior. Se essa fosse imperiosa contra a corrupção, contra o malgasto, o maldito e o mal-educado, encontraríamos em situação distinta o nosso país, que não repousa há tempos visto haver continuamente um câncer a corroer-lhe a saúde, a sugar-lhe as veias, a afinar-lhe os cabelos, a enredar-lhe as tripas, a gastar-lhe as botas, e a carcomer tudo em que se puder alojar a praga da ganância que, todavia, está-lhe a comprar as chuteiras, de um certo padrão. Que seja por outro escrita, por outro revista, mas que por novos tenha os princípios esclarecidos; que a todos se destine; que cobre muito do pouco – abastado - , e que cobre pouco do muito que tem a redenção na ajuda divina de quem ajudar-lhe-á sempre que se dispuser a madrugar.
Posted on: Wed, 19 Jun 2013 04:07:39 +0000

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