Existe um misto de sentimentos contraditórios, porém nada despresíveis, no imaginário popular. Fico com o pensamento de Fernando Meireles, quando a poeira baixar, poderemos concluir pelo absurdo que foi o episódio mensalão e o seu julgamento. O que me parece imperativo, diz respeito à possibilidade de se ver avanços nas chamadas reformas do Estado Brasileiro, em especial a reforma política (tem a do judiciário, a econômica, ...). Pensemos: qual conquista efetivamente democrática tivemos de Junho para cá? Uma patética mini-reforma eleitoral? Que, aliás, restringiu mais a possibilidade de propaganda de rua e militante em prol da caríssima campanha por rede de TV e rádio? Foi a ignominiosa atitude do Rei JB na prisão dos mensaleiros? este o troféu pelos dias de revolução, despertar, acordar??? Claro, o preço da passagem diminuiu e quem depende do busão sabe o valor que isso tem no prato de feijão ou nos cadernos e lápis de cor dos seus filhos (desejosos por um futuro melhor - e menos caro). Também fica a ideia de que é nas ruas que a democracia brasileira tem chance de apertar o passo e avançar em conquistas. Os acontecimentos de Junho não puderam (e não poderiam) ter feito mais do que projetar para o futuro mudança de maior envergadura. E esse tal futuro tem data, hora e local no calendário: Outubro de 2014! Pois é da vitória das forças populares que depende a direção que se vai tomar. E as reformas precisarão contar com muito mais do que junhos e julhos de rebelião: precisarão contar com a continuidade do governo da Presidenta Dilma Rousseff, a eleição de um congresso nacional e governantes mais há ver com o povo e os partidos aliados à Presidenta. Vai aqui um registro: a realização do 13º Congresso Nacional do Partido Comunista do Brasil e suas contribuições sobre a luta política, a reeleição de Dilma Roussef e as reformas do Estado brasileiro, sem as quais qualquer mudança significativa não passarão de generosos desejos por democracia.
Posted on: Fri, 22 Nov 2013 02:51:24 +0000
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