Gosto de amar e consequentemente de escrever sobre o amor. Não - TopicsExpress



          

Gosto de amar e consequentemente de escrever sobre o amor. Não sou um estudioso do tema, apenas alguém que observa e em alguns casos experimenta e por isso acumula empiricamente vivencias. Conheci amores convencionais, parecidos com outros. Amores que existem há milhões de anos, da mesma forma, intensa, contínua, perene, que não se transformam, que duram, que sobrevivem até mesmo aos que amaram. Esses amores convencionais, que estabelecem regras e que não gostam de mudá-las, que surgem e ficam sem grandes evoluções, esses amores é que são, no meu entendimento e constatação, a grande maioria, mesmo no Mundo contemporâneo, tão desnormatizado. São amores que namoram e casam e que se fazem voluntariamente prisioneiros dos que amam, ficando com eles a vida toda, a vida inteira, para sempre, até que a morte os separe. São como cachorros poodle que seguem o dono por toda a casa. Mas, tem outros amores diferentes, que embora sejam minoria nem por isso são menos fortes e ilustres do que os convencionais. São amores legítimos, com natureza de amor, em muitos pontos parecidos ou quase iguais aos demais amores. O que os distingue é a rapidez com que aparecem e desaparecem, em raríssimas situações voltando um dia. As pessoas que amam essa forma de amar gostam de liberdade, gostam de desapegos, de independência, de autonomia. Não apreciam dividir, embora algumas vezes, repartam pequenos amores entre muitas pessoas ao mesmo tempo, que saem todas ganhando e, estranhamente, perdendo. Mas, os que gostam de ser amados rapidamente, não ligam muito para a perda do amor. São caçadores que sabem que para cada coelho perdido dois vão cair na armadilha. Esses amantes rápidos e fagueiros, escorregadios, que gostam da penumbra, que fogem ao menor sinal de parada e lentidão, são os únicos, entretanto, que sabem conjugar o verbo apaixonar, porque o amor convencional não tem paixões, embora também saiba ser romântico. Conheci também outros amores, que são pouco usados, sendo até antipáticos, como o falso e o putativo. Nos amores falsos quem ama sabe que não ama e quem é amado pensa que é amado. No putativo ambos acham que amam e que são reciprocamente amados. Os amores falsos são mentirosos na essência, são traidores por conveniência e perversos por sobrevivência. Eles não buscam o prazer, como todos os demais amores, são solitários e mórbidos e sabem que somente produzem sofrimento, até em si mesmo, porque quem não sabe amar jamais saberá ser amado. Concluo indagando: você ama? Já descobriu o amor? Já definiu sua forma de amar? Obteve satisfação com o seu amor? Pensa em mudar? Bem são perguntas cuja resposta só você pode dar. Afinal, embora sejam muitos e de muitas formas, só existe para você um único amor, o seu. Ninguém ama pelos outros. JOSÉ CARDOSO DA CUNHA FILHO
Posted on: Tue, 20 Aug 2013 20:33:43 +0000

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