INOCÊNCIO CARRAPATO, O POETA DO MATO, ATACA OUTRA VEZ. A - TopicsExpress



          

INOCÊNCIO CARRAPATO, O POETA DO MATO, ATACA OUTRA VEZ. A HISTÓRA DA CABUCA QUI SÓ TREPAVA APANHANDO Namurei cuma cabuca numa festa dé São Juão. Tinha os zolho dé trulhuto, os peito era duis mamão. Sé chamava Frorismunda, tinha uma lapa dé bunda dé indoidá quarqué cristão. Pra sê sincero, o namuro era só pra tapiá. O que eu quiria, dé fato, num percisa nem falá... Mas caí numa arapuca pruquê nem bejo na buca a marvada quis mé dá. Prumiti mundos e fundos pra alcançá os meus intento: cumida, rupa lavada, salaro e inté casamento... Mas a cabuca prevessa num caía na cunversa zumbando do meu turmento. Pra históra ficá pió e aumentá o meu castigo, um dia arguém mé falu qui a tapuia, meu amigo, tinha um viço vagabundo: cuisava cum tudo mundo, só num cuisava cumigo. Chamei Frorismunda às fala pra pô a limpo a questão e ela veio aperparada cum sete preda nas mão! Mé chamu inté dé viado, cabuco fruxo, abestado, me pus mais baxo qui o chão. Gente, eu num su custumado dé batê nim filha alêia mas a chibança da ingrata fez meu sangue ardê nas veia. Cuspi na parma da mão, a Jesuis pidi perdão e a cabuca entru na peia! Dispois do tercêro tapa Frorismunda indoideceu: tiru a rupa e nuinha sé jugu pra riba d’eu gritando: - Mé bate mais, faiz pela frente e pur traiz qu’iste curpo é tudo teu! Foi antão qui discubri toda aquela presepada: Frorismunda só deitava condo levava purrada. Discubrindo o tar segredo fumo inté dé madrugada: eu batendo, ela gritando e os duis juntinho sé amando nas maió das cachurrada. Dispois disso Frorismunda arribu pru Maranhão nos braço dum macumbêro e eu fiquei na sulidão. Passo as nuite na janela e dé tanto pensá nela tenho inté calos na mão. ( Do livro: “Juraci Park - Fábulas Marotas e Histórias Sacanas” )
Posted on: Thu, 19 Sep 2013 09:54:46 +0000

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