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Lindo depoimento de Luciano Costa Pescador de Histórias; Sobre a ESCOLA DE PSICANÁLISE DE SÃO PAULO, e nossa mestra, Debora Damasceno “Recordar: do latim re-cordis, Retornar a passar pelo coração” Eduardo Galeano em O livro dos Abraços Passa pelo meu coração a memória gratidão dos dias em sala de aula, no curso de Psicanálise ministrado por Debora Damasceno. Minha vida se fez cada vez mais viva de tanto que eu existo e gosto de existir, de tão presente que é este agora, ‘pés no chão e cabeça nas estrelas’. Primeiro eu aprendi sobre o acolhimento e sobre olhos atentos e leves para ouvir. Assim fui recebido por lá. Aprendi sobre o semblante de quem não espera nada de você e, na perspectiva do bom compartilhar, abre um infinito de possibilidades e caminhos a sua frente. Aprendi que Freud é encantador e que tudo nele é só um começo de jornada. Cada dia ou tema do programa de aulas era, sobretudo, uma descoberta de nós mesmos, um universo. Aprendi o exercício de ouvir profundo e estar presente, por me sentir profundamente ouvido e presentificado, reconhecido em minhas fragilidades e potências. Eu não imaginava o quanto isso faria toda a diferença em minha atuação e sucesso como profissional da área. Aprendi na oportunidade da prática na Clínica Social e no meu processo terapêutico que só a teoria não nos coloca em movimento, mas que o SENTIR torna o saber mais vivo, valoroso e gostoso de trocar. Aprendi que a paixão, a ética e o bom humor devem andar juntos, como numa valsa ou num bom samba de raiz. Tudo enquanto é didática se torna mais leve, porque o prazer ensina mais do que a razão. Penso que é por isso que eu e meus pacientes nos divertimos muitas e muitas vezes. Minhas aulas extracurriculares foram em piqueniques no Ibirapuera, viagens divertidas e desafiadoras, almoços ‘orgastronômicos’, músicas reveladoras, filmes polêmicos, e prosas, muitas prosas entre gargalhadas, silêncios e descobertas. Verdadeiros exercícios de humanidade, com direito a abraços pessoas e um bom tanto de fraternidade. Por fim, infinito começo, na Escola de Psicanálise de São Paulo compreendi, confirmei e ancorei na vida que aprender é viver com gente, se comprometer com o humano, ler, pesquisar muito e trocar sempre. É aceitar o risco, o erro, o tempo de cada coisa e pessoa. É NÃO aceitar mais, quando necessário. É poder se curar quando não fugimos do conflito e nos transformamos com ele, porque temos apoio verdadeiro para mergulhar no inconsciente e superar tantas repressões e traumas. É ter esta coragem por dentro pra levar nos dias. Isto é o que hoje consigo definir como amor, no seu sentido mais concreto. Sendo assim, na Escola de Psicanálise de São Paulo, APRENDER foi e sempre será um eterno ‘recordar’, deixar passar pelo coração. Porque, como muitas e muitas vezes nos afirmava a nossa mestra Debora Damasceno, Sigmund Freud diz que: “A PSICANÁLISE É, EM ESSÊNCIA, UMA CURA PELO AMOR.” Luciano Costa, psicanalista, escritor e contador de histórias, é pai de Pedro e casado com uma borboleta
Posted on: Mon, 21 Oct 2013 20:40:34 +0000

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