Mais um de nossos críticos, Anderson Botelho, viu e odiou o novo - TopicsExpress



          

Mais um de nossos críticos, Anderson Botelho, viu e odiou o novo filme de Sofia Coppola, Bling Ring - A Gangue de Hollywood. Tanto que não se conteve e escreveu sua própria crítica para falar mal dele da maneira devida. No site, já contamos com o texto de Rodrigo Rigaud sobre a obra, que você acessa por aqui: zonacritica.br/critica-bling-ring-a-gangue-de-hollywood/ Mas como não deixamos passar qualquer análise crítica nesta Zona, fiquem com mais essa: Bling Ring é a mais nova bomba de Sofia Coppola, que, se em outros tempos já fez jus ao seu sobrenome, hoje saio do cinema com a impressão de que a fonte secou. O filme conta a história de uma gangue de adolescentes surrupiadores de objetos nas casas de astros e estrelas (Faustão feelings). Eles procuram na internet informações sobre uma celebridade, invade sua casa, levam tudo que querem, o único homem do grupelho se acovarda, eles vão embora, saem pra festejar, fazem poses pro facebook, aparecem na porta da escola. Depois, eles procuram na internet informações sobre uma celebridade, invade sua casa, levam tudo que querem, o único homem do grupelho se acovarda, eles vão embora, saem pra festejar, fazem poses pro facebook, aparecem na porta da escola. Outra vez, eles procuram na internet informações sobre uma celebridade, invade sua casa, levam tudo que querem, o único homem do grupelho se acovarda, eles vão embora, saem pra festejar, fazem poses pro facebook, aparecem na porta da escola. Na sequência seguinte, eles procuram na internet informações sobre uma celebridade, invade sua casa, levam tudo que querem, o único homem do grupelho se acovarda, eles vão embora, saem pra festejar, fazem poses pro facebook, aparecem na porta da escola. Então, para quebrar a monotonia, eles procuram na internet informações sobre uma celebridade, invade sua casa, levam tudo que querem, o único homem do grupelho se acovarda, eles vão embora, saem pra festejar, fazem poses pro facebook, aparecem na porta da escola. Em algum momento do filme, me chateei, quis ir embora, mas dei mais uma chance à Coppola. Eis que ela me surpreende: eles procuram na internet informações sobre uma celebridade, invade sua casa, levam tudo que querem, o único homem do grupelho se acovarda, eles vão embora, saem pra festejar, fazem poses pro facebook, aparecem na porta da escola. Quando já me levantava para ir embora e mandar a tarefa de escrever essa crítica, junto com o nosso editor Caio Vianna, pro inferno, a história chega ao seu ato conclusivo e eles são pegos pela polícia. (E não, não é spoiler, esse final está desenhado desde o início.) Sofia Coppola arriscou uma linguagem documental, e não deu certo, embora haja espasmos de genialidade – cena do roubo de uma das casas em que o plano e a câmera estática evoca uma imagem de uma casa de bonecas, dando o tom daquilo que está por trás da vivência desses jovens. Alguns vão dizer que tudo foi proposital: repetitividade, frivolidade, sensação de vazio existencial, músicas estourando nos caixas do cinema, seriam opções que criariam desconforto ao espectador. É até justo, mas não vejo assim. O filme tem uma narrativa simplista e panfletária, o roteiro formula personagens unidimensionais, estereótipos são criados para levar o exemplo ao limite e desvelar os discursos. Não é isso que se espera do gênio de um bom diretor. E, desculpem marmanjos babões, mas Emma Watson não salva o filme, embora seja, de longe, a melhor atriz dessa pataquada.
Posted on: Mon, 15 Jul 2013 17:43:48 +0000

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