Manifestações afetam confiança do consumidor Folha de S. Paulo - TopicsExpress



          

Manifestações afetam confiança do consumidor Folha de S. Paulo - 25/06/2013 PARA ECONOMISTAS, PROTESTOS PODEM TER DESPERTADO A ATENÇÃO DE MAIS BRASILEIROS PARA PROBLEMAS DA ECONOMIA Índice da FGV sobre cenário atual recuou 9,3% após piora dos protestos DE SÃO PAULO As manifestações que se espalharam pelo Brasil neste mês acentuaram a tendência de piora da confiança dos consumidores brasileiros sobre a situação econômica. Cenas de multidões tomando as ruas colocaram em evidência temas como a inflação e a perda do poder de compra, que, somadas ao endividamento das famílias, já afetavam as expectativas desde o início do ano. O índice da FGV que mede a confiança dos brasileiros caiu 0,4% em junho, ao menor nível desde março de 2010, impactado pelas expectativas sobre o cenário atual. O dado sobre o curto prazo apontava alta (3,2%) na apuração dos dez primeiros dias deste mês. A tendência se inverteu conforme se intensificaram as manifestações: a confiança recuou 9,3% de 11 a 19 de junho. Para economistas, há relação entre os protestos e a queda da confiança. "Notamos uma mudança no perfil da respostas. Isso não ocorre na normalidade", diz a coordenadora da pesquisa, Viviane Seda. A FGV decidiu dividir os períodos dos dados coletados depois de notar a mudança. "É razoável supor que [o índice] possa ser influenciado. Ele reflete muito o que está acontecendo no momento", diz Marcel Solimeo, economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo, que também apura confiança do consumidor. Segundo ele, o índice da entidade também pode ser afetado, dependendo da intensidade dos protestos. DESACELERAÇÃO Mudanças negativas nas expectativas dos brasileiros podem se traduzir em menor nível de consumo nos próximos meses e se somar ao cenário de desaceleração do comércio observado neste ano. Economistas ouvidos pela Folha acreditam que a influência dos protestos esteja ligada a uma precaução da população diante de um ambiente de incertezas criado pelas mobilizações. Os protestos também podem ter ajudado a despertar a preocupação de mais brasileiros para a economia. Ainda que outros indicadores econômicos já estivessem mostrando uma piora nos últimos dias, Claudio Felisoni, presidente do Provar (Programa de Administração do Varejo), afirma que o consumo demora mais a ser afetado por movimentações como as da Bolsa, por exemplo. "Para o consumidor médio, as razões imediatas, como os protestos, são mais perceptíveis e acabam repercutindo", afirma Felisoni. (GABRIEL BALDOCCHI E MARINA RIBEIRO)
Posted on: Wed, 26 Jun 2013 01:01:19 +0000

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