Mudanças climáticas: Novas previsões e o degelo do Ártico - TopicsExpress



          

Mudanças climáticas: Novas previsões e o degelo do Ártico agravam aquecimento global 14.jun.2013 - Novo estudo da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) descobriu que o aquecimento dos mares derrete as plataformas glaciares em torno da Antártida, o que já provocou a perda de 55% da massa de gelo original do polo Sul, entre 2003 e 2008 As recentes ondas de calor que provocaram mortes na Europa, Rússia, China e Estados Unidos provocaram um alerta: o mundo nunca esteve tão quente. Segundo a Nasa (Agência Espacial Americana), o mês de junho de 2013 foi considerado o mais quente no planeta desde 1800. Os motivos seriam a variabilidade natural do sistema climático e o aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera como o óxido nitroso (N2O), o metano (CH4) e, principalmente, o dióxido de carbono (CO2) liberado pela queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás natural. O efeito estufa é um fenômeno natural que permite que alguns gases presentes na atmosfera aprisionem o calor do Sol, impedindo que ele escape para o espaço. Em condições normais, esses gases ajudam o planeta a manter o equilíbrio da temperatura da Terra. A concentração acima do normal faz com que a temperatura do planeta suba. Uma pesquisa divulgada pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOOA, na sigla em inglês) alerta que a poluição do planeta nunca esteve tão alta. Em maio de 2013, a concentração de CO2 na atmosfera medida pelo Observatório Mauna Loa, no Havaí, ultrapassou pela primeira vez a marca de 400 partes por milhão desde 1958, quando estes dados começaram a ser medidos. A última vez que isto aconteceu foi há mais de 3,5 milhões de anos. Antes da Revolução Industrial, no final do século 19, a concentração de CO2 era de apenas 280 ppm. 1 Carolina Cunha Do UOL, em São Paulo 16/08/201312h21 • Nasa/GSFC/Jefferson Beck 14.jun.2013 - Novo estudo da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) descobriu que o aquecimento dos mares derrete as plataformas glaciares em torno da Antártida, o que já provocou a perda de 55% da massa de gelo original do polo Sul, entre 2003 e 2008 As recentes ondas de calor que provocaram mortes na Europa, Rússia, China e Estados Unidos provocaram um alerta: o mundo nunca esteve tão quente. Segundo a Nasa (Agência Espacial Americana), o mês de junho de 2013 foi considerado o mais quente no planeta desde 1800. Os motivos seriam a variabilidade natural do sistema climático e o aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera como o óxido nitroso (N2O), o metano (CH4) e, principalmente, o dióxido de carbono (CO2) liberado pela queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás natural. O efeito estufa é um fenômeno natural que permite que alguns gases presentes na atmosfera aprisionem o calor do Sol, impedindo que ele escape para o espaço. Em condições normais, esses gases ajudam o planeta a manter o equilíbrio da temperatura da Terra. A concentração acima do normal faz com que a temperatura do planeta suba. Uma pesquisa divulgada pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOOA, na sigla em inglês) alerta que a poluição do planeta nunca esteve tão alta. Em maio de 2013, a concentração de CO2 na atmosfera medida pelo Observatório Mauna Loa, no Havaí, ultrapassou pela primeira vez a marca de 400 partes por milhão desde 1958, quando estes dados começaram a ser medidos. A última vez que isto aconteceu foi há mais de 3,5 milhões de anos. Antes da Revolução Industrial, no final do século 19, a concentração de CO2 era de apenas 280 ppm. Ampliar Planeta Terra: Desafios ambientais 11 fotos 4 / 11 O derretimento das geleiras é tema recorrente para todos aqueles que fazem previsões catastróficas sobre o futuro do nosso planeta. O argumento é que o degelo excessivo dos mantos de gelo da Groenlândia e da Antártida pode aumentar o nível dos oceanos e trazer mudanças dramáticas para a vida de milhões de pessoas que teriam de se deslocar em busca de um novo habitat. Mas não há consenso dos pesquisadores sobre essas previsões. Saiba por quê. Leia mais Jorval/Wikimedia Commons Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC), autoridade científica das Nações Unidas responsável pelas informações oficiais sobre o aquecimento global, o índice de 450 ppm seria o limite aceitável para manter o equilíbrio do ecossistema e não prejudicar a existência humana no planeta. Ondas de calor, secas inesperadas, invernos mais rigorosos, furacões, enchentes, tempestades, incêndios florestais e outros eventos climáticos extremos são algumas das consequências das mudanças climáticas e devem ser cada vez mais frequentes nos próximos anos. O derretimento de camadas de gelo e o aumento da temperatura no mar são consequências que já causam graves problemas no planeta. A velocidade com a qual a neve presente no hemisfério Norte e o gelo do Mar Ártico estão desaparecendo surpreende os cientistas, que calculam que esta região está aquecendo duas vezes mais rápido que o resto do mundo. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) apresentou no começo de 2013, um relatório que aponta que o derretimento do gelo do mar não apenas prejudicaria as espécies da região, mas também permitiria o acesso a recursos naturais como gás e petróleo e, por isso, seria uma nova ameaça ao ecossistema do planeta, já que haveria uma corrida entre os países e empresas petroleiras para o controle destas reservas de combustíveis fósseis. Relatório publicado em julho de 2013 na revista Nature, calculou que o possível derretimento de uma camada de gelo no norte da Rússia, entre 2015 e 2025, poderia liberar 50 gigatoneladas de metano (gás causador do efeito estufa), um índice dez vezes maior do que o que existe atualmente na atmosfera, o que anteciparia o aquecimento das temperaturas esperado para daqui a 35 anos. Esta quantidade de gás seria como uma “bomba-relógio” e provocaria um desastre ambiental que superaria os benefícios regionais previstos, como a abertura de rotas comerciais e novos depósitos minerais, e que poderia custar US$ 60 trilhões de dólares para a economia mundial, quase o atual PIB global de um ano. O ritmo do derretimento das calotas de gelo fez com que outro grupo de cientistas, dessa vez da Universidade Estadual de Nova York, nos EUA, fizesse uma previsão de quando o oceano Ártico pode ficar sem gelo, o que foi calculado para daqui a 40 anos, entre 2054 e 2058. O que poderia reverter essa situação, segundo pesquisadores, são os acordos e políticas para controlar o efeito estufa. Mudanças na condução política sobre o assunto poderiam reverter ou atrasar essas previsões. Em âmbito global, o Protocolo de Kyoto é o principal compromisso firmado entre os países para a redução global das emissões. Criado em 1997, o acordo estipulava metas de redução até 2012 para os países signatários e criava um sistema de crédito de emissões entre os países, que originou o mercado de crédito de carbono. O acordo foi renovado na COP-18, conferência realizada em 2012, em Doha, no Catar. A conferência definiu que os países devem revisar suas metas sob o Protocolo até 2014 e colocá-las em prática a partir de 2020. Previsões para o Brasil Em 29 de dezembro de 2009, o governo brasileiro deu um passo histórico ao instituir a Política Nacional de Mudança do Clima através da Lei Federal nº 12.187. A lei se desdobra em cinco planos setoriais: (1) redução de 80% do desmatamento na Amazônia, (2) redução de 40% do desmatamento no bioma cerrado, (3) ações para o setor de energia, (4) para a agricultura e pecuária, e (5) para a indústria. De acordo com esta lei, o Brasil adotará ações para reduzir entre 36,1% e 38,9% de suas emissões projetadas até 2020 (isso equivale a uma redução de 17% comparada aos níveis de 2005). Este objetivo inclui a meta de redução de 80% do desmatamento da Amazônia, como definido pelo Plano Nacional de Mudança Climática. O Brasil já conseguiu reduzir o desmatamento de sua floresta para 4.571 km2 em 2012, o menor em décadas, após seu índice máximo de 27.772 km2 em 2004. No entanto, o desmatamento na Amazônia é um dos principais desafios do plano. No último ano, o desmatamento na região registrou um aumento de 100%, segundo dados avaliados pelo Instituto Imazon e divulgados em agosto de 2013. Os dados provisórios foram calculados no período entre agosto de 2012 e junho de 2013. Relatório divulgado em agosto deste ano indica que o clima no Brasil também deve ficar mais quente nos próximos anos. Uma projeção do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indica que se a tendência do aumento da taxa de CO2 na atmosfera continuar, a temperatura média em todas as regiões do Brasil será de 3º a 6ºC mais elevada em 2100 do que no final do século 20. Segundo a pesquisa, que faz parte dos dados do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas e que deve compor os dados do próximo relatório do IPCC, em biomas como a Amazônia, a caatinga, o cerrado e o Pantanal, a quantidade de chuva poderá ser até 40% menor, alterando drasticamente a fauna e a flora. Já na região sul e sudeste, a tendência é que haja um aumento no índice de pluviosidade, provocando chuvas fortes e até fenômenos raros como os furacões que atingiram a costa de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul em 2004.
Posted on: Mon, 19 Aug 2013 20:18:36 +0000

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