No dia 5 de julho de 2013, a delegação de lideranças dos - TopicsExpress



          

No dia 5 de julho de 2013, a delegação de lideranças dos estados que formam a Amazônia Legal que participavam da Plenária Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, como parte da III CONAPIR, se recusaram a legitimar a divisão de delegados por estado apenas com dados demográficos do IBGE, leia abaixo o manifesto apresentado para a plenária. (Fonte: Blog ARATRAMA) Manifesto contra o processo colonizador da Amazônia Nós, lideranças de Comunidades Tradicionais de Matriz Africana (comunidades de terreiro) que trazemos o recorte geográfico da Região da Amazônica, reunidos na plenária de comunidades tradicionais, realizadas em Brasília nos dias 04 e 05 de julho de 2013, com a participação de delegadas e delegados dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins, consideramos que os velhos conceitos colonialistas justificados pela institucionalidade do Estado brasileiro, e seus órgãos reguladores oficiais que insistem em diminuir a participação popular de toda e qualquer entidade do movimento social da Amazônia legal são instrumentos excedentes da população dos 9 estados da Amazônia Legal e que a aceitação de critérios baseados em dados de órgãos que mantém a negritude amazônida na invisibilidade, desconsidera a nova forma de participação popular que vimos construindo desde o início do primeiro governo Lula. O isolamento que nos é imposto historicamente pelos senhores e pelo capital, ambos cristãos, nos remeteu a um contexto atual de abandono secular das comunidades negras, incluindo Quilombolas e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, um isolamento que afeta a toda a população no que diz respeito a infra-estrutura, inclusive de comunicação que afeta a participação popular. Esse contexto resultou na nossa pouca, ou nenhuma, visibilidade nos números que a Comissão organizadora da III CONAPIR usa para definir o percentual da nossa participação nos processos e nos debates políticos que constroem a política de igualdade racial no Brasil. Com base nisso, e por discordar veementemente dessa história que parece não ter fim de colonização da região norte e dos 9 estados da Amazônia Legal, decidimos que não vamos ocupar essas vagas que nos foram destinadas de forma injusta, anti-solidária e que até poderia ser estopim de desentendimentos entre nós. Esta disputa não nos interessa, pois buscamos, com teorias e práticas, o consenso. No mesmo momento, desautorizamos qualquer entidade nacional, órgão público e derivados, fazer essa escolha de forma unilateral em nossos estados. Por fim, reafirmamos nossa participação tanto nessa plenária como também na iii conapir, pois ambos são frutos também de nossa construção.
Posted on: Mon, 08 Jul 2013 03:37:41 +0000

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