O espetáculo Vestígios, dirigido pelo recifense Antonio - TopicsExpress



          

O espetáculo Vestígios, dirigido pelo recifense Antonio Cadengue, chega ao Rio de Janeiro e cumpre curta temporada no Teatro Ipanema Os resquícios da tortura presente em período como a Ditadura Militar e reflexões em torno de conflitos sociais contemporâneos, são temas do espetáculo Vestígios, escrito pelo dramaturgo Aimar Labaki e dirigido por Antonio Cadengue. A peça ocupa o Teatro Ipanema de 8 a 10 de agosto, às 20 horas e domingo, 11, às 19 horas, e traz o elenco formado pelos atores Carlos Lira, Marcelino Dias e Roberto Brandão. Com uma temática extremamente atual no País, tendo em vista as discussões em torno de assuntos como a Comissão da Verdade e a Lei de Acesso à Informação, Vestígios une um texto forte a um trabalho ousado de interpretação por trás de passagens marcadas por violência física e psicológica. No enredo, três personagens: dois policiais, na função de investigadores e torturadores, vividos por Carlos Lira e Marcelino Dias; e um professor universitário de História, o torturado, interpretado por Roberto Brandão, que se percebe numa situação inesperada e angustiante após acordar ao lado de uma cabeça decepada de uma mulher. Toda a peça é permeada por um clima de suspense, a partir de uma narrativa questionadora. Segundo o diretor Antonio Cadengue, Vestígios é uma peça que trata do rescaldo, do resíduo dos tempos de autoridade mais recentes que o Brasil passou, entre os anos de 1964 e 1985, embora o País também tenha vivido por outros momentos graves como no Estado Novo, esse período ainda se destaca como um dos mais alarmantes dos últimos anos. “Não é a ditadura que está em questão, mas os erros do passado para que traga lições para o presente e futuro. A proposta não é deixar o público atordoado, mas mexer com a memória das pessoas falando sobre essa questão atemporal de forma intensa e bonita”, explica Cadengue. Sobre a encenação: Desde 2011, em Recife-PE, o elenco esteve imerso em uma profunda pesquisa sobre “tortura” que incluiu diversas leituras do texto de Aimar Labaki e de noticiários de épocas, tanto do período da ditadura, quanto das décadas seguintes, já que a trama se passa em meados da década de 1990; além de sessões de filmes como “Terra em Transe”, de Glauber Rocha, e “A História Oficial”, do argentino Luis Puenzo. Além disso, o grupo seguiu orientações do bailarino e coreógrafo Paulo Henrique para a construção da linguagem corporal construída especialmente para espetáculo. A cenografia é composta por módulos espelhados projetados pela cenógrafa carioca Doris Rollemberg, que compôs três planos de ação de Vestígios, enquanto diferentes sons e ruídos em harmonia contribuem para criar o clima de suspense e a trilha sonora criada pelo paraibano Eli-Eri Moura e figurinos criados especialmente para o espetáculo. Sobre Antonio Cadengue e os atores: Vestígios é o primeiro trabalho que Cadengue realiza sobre a obra de Labaki, autor com quem organizou o livro “A Esfinge Investigada”, sobre a obra de Nelson Rodrigues, em 2007. Vestígios marca também o retorno da parceria entre o diretor e o ator Carlos Lira, já que o último trabalho que fizeram juntos foi a peça “O Burguês Fidalgo”, que ficou em temporada no Teatro de Santa Isabel, em 1988, bem como, convidou os atores Marcelino Dias e Roberto Brandão fundamentais para a concretização de Vestígios. O espetáculo cumpre a temporada Sudeste do Brasil em agosto de 2013 passando pelas cidades de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2012, Vestígios realizou temporada em Recife no Teatro Barreto Junior. “Em Vestígios, nós escolhemos enfrentar esse passado não para apagá-lo, mas para nos reconciliarmos com ele e sairmos todos redimidos – o corpo esquece. A cabeça, essa não esquece.”, finaliza Cadengue. Espetáculo contemplado pela FUNARTE, com o Prêmio Myriam Muniz de Teatro 2012 – Circulação Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Caruaru-PE. Ficha Técnica: Texto: AIMAR LABAKI Direção: ANTONIO CADENGUE Assistência de Direção: RUDIMAR CONSTÂNCIO Elenco CARLOS LIRA – Cardoso MARCELINO DIAS – Marcos ROBERTO BRANDÃO – Marcelo Cenografia: DORIS ROLLEMBERG Figurinos: ANIBAL SANTIAGO Trilha Sonora Original: ELI-ERI MOURA Iluminação e Operação: SAULO UCHÔA Direção de Movimentos e Preparação Corporal: PAULO HENRIQUE FERREIRA Preparação Vocal: FLÁVIA LAYME Programação Visual: CLAUDIO LIRA Cenotécnica: MARC AUBERT Assistência de Cenotécnica: KLEBER MACEDO, RAFAEL FIRMINO E FÁBIO FONSECA Operação de Som: MARINHO FALCÃO Assistente de Produção/Contrarregragem: ELIAS VILAR Projeto contemplado com o PRÊMIO FUNARTE DE TEATRO MYRIAM MUNIZ/2012.. Produção Geral: CARLOS LIRA
Posted on: Sun, 04 Aug 2013 04:19:50 +0000

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