O individualismo e a liberdade O individualismo é um conceito - TopicsExpress



          

O individualismo e a liberdade O individualismo é um conceito ético-moral, político e econômico que visa à afirmação das liberdades individuais frente às imposições de um determinado grupo, sociedade, economia ou Estado. O individualismo se opõe a qualquer forma de controle que venha reduzir a voluntariedade do ser humano, impedindo a fluência da subjetividade. Portanto o individualismo pode ser considerado a filosofia do ser em sua substância e a relevância de sua natureza de espírito. Assim o individuo pode reconhecer suas particularidades, objetivos e trilhar seu próprio caminho. Esta perspectiva ressurgira na cultura ocidental após o Renascimento, pois até então era impresso na sociedade medieval. Até então o poder clerical impunha uma postura holista, acreditando que o sujeito era derivado do todo ao invés de considerar as propriedades do organismo. E embora sejamos vitimas de influencias externas, são nossas próprias decisões que imprimem nossa realidade, a menos que o todo se interponha privando-nos desta mobilidade. O individualismo na política busca a afirmação dos direitos civis assegurando a liberdade física e intelectual de todo cidadão, contrariando toda prática totalitária. Como proferido por Hayek, individualismo sugere respeito ao homem, e aceitação a seus gostos e opiniões. O individualismo está associado à democracia e ao liberalismo. Individualismo é amor próprio. Egoísmo nem se poderia considerar uma espécie de amor próprio excessivo, mas o desejo de ter tanto quanto o outro. Sobretudo teóricos do coletivismo insistem em associar o individualismo ao egoísmo e sua vulgaridade o que se evidencia equivocado. Se individual é reconhecer e valorizar a si mesmo, o que não imprime que este reconhecimento e valor venham por abolir o reconhecimento e a estima alheia. O individualista é capaz de reconhecer os valores alheios, tanto quanto o coletivista, que enxerga no outro o mesmo que vê em si, pois percebe as diferenças tal como percebe as próprias. Já o egoísta é alguém nem ao menos necessita de sua valorização. Ele pode considerar-se trivial, mas impor seus interesses, opiniões e ações sobre os demais, apenas por deleite. Para o egoísta o mundo gira ao seu redor, sendo ele o único capaz de possuir méritos e visa em suas ações alcançar esta perspectiva a todo custo. Esta pessoa é contraria ao altruísmo que visam ações coletivas a fins de beneficiar ambas as parte e que podem até mesmo prejudicá-las. Para Comte, o altruísmo caracteriza-se pelo conjunto das disposições humanas (individuais ou coletivas) que inclinam os seres humanos a dedicar-se uns aos outros. Sobretudo o altruísmo não significa bondade (como virtude moral). As espécies compactam umas com as outras por necessidades, a fins de prover a própria existência ou por afinidade, o que não imprime afinidade com todos. Existe também o “altruísmo filosófico universal”, que visa à universalidade da cooperação e é muito presente em religiões do mundo todo. Sobretudo em ambos os tipos de altruísmo, não encontramos nenhum argumento que o desvincule do individualismo. As espécies podem cooperar, embora cada organismo tenha seus próprios gostos e comportamento. Os homens racionais podem colaborar uns com os outros mediante suas afinidades, sem submetê-las as afinidades alheias. Do mesmo modo o individuo que pratica um altruísmo filosófico universal, poderá se desprender a todos, sem rejeitar suas noções particulares. Portanto associar individualismo a egoísmo, criando uma dicotomia com o altruísmo é extremamente equivocado. O coletivismo filosófico e psicológico O coletivismo é uma perspectiva filosófica que sugere que os seres humanos sejam dependentes uns dos outros e entrelaçados por diversos valores. Segundo os coletivistas, não pode existir liberdade individual em um meio onde as ações de determinados agentes possam impactar sobre outros. É a ideia da ação em grupo, sobre a ação do individuo. Deste modo é necessário o impedimento da ação do individuo isolado em sua voluntariedade, creditando o progresso e a ordem à centralidade de ideias e ações. Logo, os direitos e as responsabilidades individuais devem ser definidos apenas pelo coletivo, sem que resida ao sujeito, qualquer mobilidade de questionamento. Para os coletivistas, esta é a real natureza humana, e está além de uma conduta filosófica ou psicológica, mas é o meio para obter-se um fim; que seria o beneficio comum. Sobretudo existem distinções de coletivismo, abordadas pela filosofia, psicologia e economia. O coletivismo filosófico em alguns casos (raros) sugere que seja permitida a prática individual, onde o homem opta por se prestar coletivamente ou não para determinada atividade, embora quase toda sua teoria seja centrada em uma ação conjunta e que muitas vezes nega a ação voluntaria. Em psicologia o coletivismo é abordado nos estudos referentes às diversidades nacionais, como os realizados por Schwartz, Smith e Bond. Estas perspectivas sugerem que o coletivismo emerge como pratica natural, sem que exista nele, a supressão das liberdades individuais, mas uma extensão da mesma, convergindo com interesses distintos ou similares desta mesma população. Neste caso o coletivismo psicológico das considerações nacionalistas, não releva que é impresso quase que exclusivo pela tradição, estando mais vinculado a símbolos externos que a própria subjetividade. Em economia, o coletivismo refere-se aos bens e propriedades. Segundo esta teoria se faz necessário que os bens e propriedades sejam copartilhados em uma espécie de “sociedade comum.” Assim os esforços seriam coordenados, na hipótese de que todos se adequariam. Este ideal é expresso no comunismo na tentativa de criar um modelo de homem ideal e utópico – desinteressado com suas particularidades. Segundo os defensores deste ideal, em tal sistema não haveria classes e todos partilhariam dos mesmos recursos, o que fora devidamente refutado pela prática em toda sua história. A realidade do coletivismo em sua prática Em o caminho da servidão, Hayek questiona o coletivismo e sua pratica policia, social e economia citando habilmente que seu idealismo servirá somente para impor a necessidade de determinados indivíduos sobre a grande população, como evidencia os fatos históricos. Ele enuncia o coletivismo com simplicidade; coletivismo é a submissão de um ser a um grupo. Assim está impresso em toda teoria da escola austríaca de economia que cita que o homem como distinto em suas particularidades, portanto não a partilha dos mesmos interesses. Deste modo, o coletivismo imposto politicamente representa a supressão das liberdades comuns. Aceitar o coletivismo político é o caminho mais hábil a servidão. Já o coletivismo como doutrina econômica supõe que os bens de produção e consumo devam ser igualmente distribuídos por cada membro da coletividade, sem considerar as diferenças que imprimem funções, responsabilidades e seus níveis de produção. Portanto faz-se evidente que estes idealismos jamais relevam o individuo suas singularidades físicas e psicológicas. O homem livre possui liberdade para se escolher suas funções e produtos, pois nenhum ser humano é igual, escolhendo seu ritmo de consumo. Cada indivíduo possui necessidades de únicas e que só podem ser amparadas por sua voluntariedade. Não é possível determinar quanto um individuo deve ingerir de alimento devido ao relativismo do metabolismo. A igualdade dos direitos não é igualdade em posses. Pois direitos não determinam posses, mas a voluntariedade para adquiri-las, o que refuta a ideia de coletivismo dentro da perspectiva do direito. Para promover a homogeneização capital e social faz-se irredutivelmente necessária a supressão dos direitos civis, o que torna o coletivismo social, político e econômico um pré-suposto áureo para o totalitarismo. Christiano Di Paulla
Posted on: Tue, 16 Jul 2013 13:30:02 +0000

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