Opinião e textos compartilhados do companheiro Adriano Botelho - TopicsExpress



          

Opinião e textos compartilhados do companheiro Adriano Botelho sobre uma realidade que insiste em não mudar. Sobre Meninas e Lobas - O inferno é aqui. A Bíblia nos diz, em Mateus 5, versículo 10: "Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus", talvez as únicas palavras que sirvam para reconfortar L.A.B, a menina de apenas 15 anos, de 1,5 m de altura, com seus 40 quilos de fúria transgressora, que passou 26 dias presa em uma cela masculina na cidade de Abaetetuba ha alguns anos atrás. Fora o furto de um aparelho celular de um sobrinho de investigador de polícia, seu maior crime foi ter nascido pobre num dos rincões da Amazônia brasileira e que de fato por este último crime sofreu as consequências mais severas que uma mulher (menina) pode ter sofrido, o estupro sistemático diário de dezenas de presos que a torturaram durantes 26 dias. Seus algozes? O Tribunal de Justiça do Estado do Pará, representada na pessoa da Juíza CLARICE MARIA DE ANDRADE (juíza de Abaetetuba ha época) e a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará, representada pela Delegada FLÁVIA VERÔNICA PEREIRA, que nos estrito "senso do dever" sentenciaram a passagem de L.A.B direto aos confins do inferno em vida. Percebam que os religiosos cristão pregam que os maus estarão condenados ao inferno e os bons ao paraíso, no caso da menina L.A.B a juíza Clarice pôs em prática uma velha frase que os acadêmicos de Direito gostam de dizer: "A diferença entre o promotor e o juiz é que o promotor pensa que é Jesus e o juiz tem certeza que é Deus". Assim, Sua Excelência, do alto de seu poder divino condenou L.A.B a experimentar a dor da chama do inferno por 26 dias. Como na obra de Dante Alighiere, L.A.B foi conduzida aos portões do inferno pela Delegada Flávia Verônica Pereira, sendo recepcionada por ninguém menos que o presidiário chamado de "Cão" que assegurou os desígnios palacianos da justiça divina tupiniquim. E qual o fim dessa tragédia brasileira? A de sempre. A mesma história de um país acostumado a impunidades, às sórdidas conveniências do poder e de seus escolhidos pela graça "divina". Um absolutamente nada! Nada não. Sejamos justos. A juíza Clarice, que teve sua aposentadoria compulsória decretada pelo CNJ, conseguiu a anulação da decisão no STF em 2012, que considerou a punição "excessiva". Sem qualquer processo penal, continua juizá encastelada no Olimpo do Judiciário de Pindorama. Quanto à Delegada Flávia. Nada, nada mesmo. Quanto ao presidiário "Cão" continua no inferno de onde esteve. L.A.B. tão anônima quanto suas iniciais, continua anônima em algum dos grotões de um país que se pretende nação. A tragédia da menina L.A.B acontecem todos os dias em milhares de cidades e localidades brasileiras, que estão distantes das rigorosas e bondosas sentenças, como as do Ministro Celso de Mello, que sugeria a prisão domiciliar aos mensaleiros, no intuito de cumprir as leis de nosso país, pois apenas os mais altos iniciados e prelados do status quo estão tão perto do Olimpo. Verônica e Clarisse não passam de partes de uma matilha sangrenta e faminta lideradas pela Loba Alfa que se chama Justiça Brasileira.
Posted on: Tue, 08 Oct 2013 23:42:56 +0000

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