PF acionará Interpol para procurar obras raras roubadas em - TopicsExpress



          

PF acionará Interpol para procurar obras raras roubadas em Campinas Polícia Federal acionará o orgão após levantamento ser entregue à polícia. Interpol tem sistema onde consta criminosos procurados e obras roubadas. A Polícia Federal acionará a Interpol para auxiliar na localização de um acervo de livros raros roubado do Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA) de Campinas (SP). A PF apoia a investigação do crime para que as obras roubadas não saiam do Brasil. Durante a ação de cinco criminosos, que ocorreu na quinta-feira (8), funcionários e pesquisadores foram feitos reféns e a quadrilha levou cerca de cem obras. O delegado da PF Hermógenes de Freitas Leitão Neto informou que assim que o levantamento das obras roubadas for entregue pelo CCLA à polícia, o órgão de investigação internacional será acionado. "A Interpol tem um cadastro de obras raras roubadas e um sistema em que consta os suspeitos procurados por conta de obras de artes. Esses sistemas têm difusão mundial, o que auxilia na investigação", afirma Leitão Neto. Segundo ele, a hipótese de que as obras seriam enviadas para fora do Brasil não está descartada. O delegado informou ainda que há quatro anos, uma coleção de obras do CCLA já tinha sido recuperada pela Polícia Federal do Rio de Janeiro. O CCLA foi fundado em 1901 e tem biblioteca com 150 mil volumes, além de uma pinacoteca e dois museus. Obras roubadas Segundo o presidente do centro, Marino Ziggiati, os livros roubados há quatro anos, sendo uma coleção de obras francesas de botânica dos anos 1600, foram novamente levadas pelos criminosos na ação de quinta-feira. "Um deles subiu e foi direto para a sala de livros raros. Eles vieram já especificamente sabendo o que queriam", afirma o presidente. Além dessas obras, documentos enviados ao ex-presidente Campos Sales também foram levados, entre eles, uma carta do último imperador da China e o livro da família imperial russa enviada pelo último czar. Segundo o presidente, o levantamento deve ser concluído até a quinta-feira (15). "Museu das artes" Os cinco criminosos invadiram o CCLA e fizeram funcionários e pesquisadores reféns. A quadrilha levou obras em um veículo modelo Fiorino, que tinha um adesivo "Museu das artes" colado. "Pode ter sido uma estratégia para passar seriedade e chamar menos atenção", afirmou Leitão Neto. Sem verba para segurança "A gente fica desanimado de saber que nosso esforço não tem correspondência. Essas obras não são do CCLA, são da comunidade", afirma Ziggiati. Muito embora o local abrigue obras raras que preservam a memória do maestro Carlos Gomes e de Campos Sales, o presidente afirma que o centro não tem verba para contratação de seguranças nem vigilantes. Ele afirma que entrará em contato com a administração pública para que a segurança seja reforçada no local. "Nós somos uma entidade pobre e mantemos a 112 anos esse patrimônio. A gente precisa convencer as autoridades de que o patrimônio que o centro tem é um acervo de interesse nacional e internacional", afirma.
Posted on: Mon, 12 Aug 2013 17:22:16 +0000

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