TAMPA DA PANELA Como tudo o que não tem remédio remediado - TopicsExpress



          

TAMPA DA PANELA Como tudo o que não tem remédio remediado está, o PT desistiu de protestar contra a condenação dos seus no mensalão. Dá graças a Deus de as prisões terem sido decretadas logo agora para decantar o efeito sobre as eleições de 2014 e se prepara para a volta do cipó de aroeira nas costas do PSDB. Os petistas não vão espernear pelo que não tem mais jeito; vão cobrar o que ainda não foi feito: o julgamento do mensalão mineiro, cujo réu mais conhecido é o deputado, ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente do PSDB Eduardo Azeredo. Os tucanos sabem o que os aguarda e já elaboram a receita do antídoto. A palavra de ordem é não reagir contra a eventualidade do julgamento em ano eleitoral, avisando que, se condenado, Azeredo terá de deixar o partido e dizendo que quanto mais cedo o processo for examinado melhor. Isso porque, segundo eles, levantada a tampa da panela, ficarão muito claras as diferenças entre os dois casos hoje abordados pelo viés da semelhança. O mensalão do PT foi um esquema em que os instrumentos e o dinheiro do Estado foram postos a serviço do projeto de poder de um partido, em âmbito nacional, para comprar apoios no Congresso. O do PSDB, dirão os tucanos, foi um episódio específico circunscrito a Minas onde três empresas estatais patrocinaram um evento oficial, pagaram à agência de publicidade de Cristiano Paz (agora condenado e sócio de Marcos Valério) que repassou parte dos recursos à campanha de Azeredo pela reeleição (perdida) em 1998. Caixa dois. Este poderia ser o argumento de defesa do tucanato. Mas, cumpre registrar, com desvio de verbas públicas. Ademais, como deixou claro o Supremo Tribunal Federal na ação 470, não importa a destinação do dinheiro, e sim o ato de corrupção. O revide do PT, afirma-se no PSDB, terá um efeito bumerangue: dois personagens do caso, Clésio Andrade e Walfrido dos Mares Guia, são ligados ao governo federal. Andrade era candidato a vice de Azeredo naquela eleição de 98, hoje senador pelo PMDB, e Walfrido, o chefe da campanha. Tudo bem, ele tem mais de 70 anos e, como a lei lhe faculta o benefício da contagem de prescrição pela metade do tempo, deve livrar-se de condenação. Esta é uma questão jurídica. Sob o aspecto político, será citado no julgamento ou na imprensa como cabeça do esquema. Além do que, não há como se abstrair o fato de que foi ministro do então presidente Lula da Silva, ainda é amigo dele e o recebe em casa quando o ex-presidente passa por Belo Horizonte. Resumo da ópera: o PSDB vai, mas tentará levar junto o PT a fim de não deixar que o mensalão mineiro saia de graça para petistas nem para pemedebistas. Breve tempo. O processo do mensalão mineiro pode ser posto em julgamento nas proximidades da data em que foram examinados os embargos infringentes dos réus do caso petista. O relator é o ministro José Roberto Barroso que, segundo consta, está empenhado no exame acelerado dos autos. Providencial. Recuperando-se de uma crise da diverticulite que carrega há anos, Fernando Henrique Cardoso não foi recentemente a duas cerimônias em que teria de se encontrar com a presidente Dilma Rousseff. O ex-presidente está bem, embora o mesmo não se possa dizer da relação com a chefe da nação, que já foi de afeto e admiração mútuos, mas azedou desde o ano passado, quando os dois trocaram palavras fortes pela imprensa devido à defesa que Dilma fez de um ataque de FH a Lula. De onde digamos que a convalescença (seletiva) vá durar mais ou menos até outubro de 2014. Por Dora Kramer.
Posted on: Mon, 18 Nov 2013 10:11:33 +0000

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