Uma biografia que merece ser estudada: Ulrike Marie Meinhof - TopicsExpress



          

Uma biografia que merece ser estudada: Ulrike Marie Meinhof (1934-1976) Jornalista, escritora, ativista e guerrilheira alemã, mais conhecida como fundadora e integrante da organização armada de extrema-esquerda Fração do Exército Vermelho (RAF) ou Grupo Baader-Meinhof, atuante na Alemanha Ocidental por três décadas. Nascida em Oldemburgo em 1934, Ulrike mudou-se para Jena com dois anos de idade junto com a família, após seu pai, um historiador de arte, tornar-se diretor do museu da cidade. O Dr. Werner Meinhof morreu de câncer em 1940, quanto ela tinha cinco anos, fazendo com que sua mãe alugasse um dos quartos da casa para uma inquilina, Renate Riemeck, para obter renda. Em 1946, após a II Guerra Mundial, as Meinhof, junto com Renate - que além de inquilina acabou com parte da família -, mudaram-se novamente para a cidade natal de Ulrike, Oldemburgo, depois que Jena passou para o domínio soviético pela Conferência de Yalta. Oito anos depois, sua mãe, Ingeborg, que trabalhou como professora após a guerra,1 também morreu de câncer e Renate assumiu a adolescente e sua irmã mais velha sob sua guarda.2 Renate, uma historiadora e fervorosa anti-nazista, ativa militante socialista, viria a ter grande influência na formação política de Meinhof. Ulrike completou os estudos secundários em 1955 e foi estudar filosofia, sociologia, pedagogia, literatura e língua alemã em Marburg, onde se envolveu em movimentos reformistas universitários. Em 1957, ela entrou para a Universidade de Münster, onde conheceu o marxista espanhol Manuel Sacristán - que mais tarde traduziria e publicaria alguns de seus escritos - entrou para a União Socialista Alemã de Estudantes (Sozialistischer Deutscher Studentenbund), participando de protestos contra o rearmamento do Bundeswehr e seu envolvimento com armamento nuclear proposto pelo governo de Konrad Adenauer. LiaJean-Paul Sartre, Herman Hesse, Thomas Mann, Marcel Proust e aprendeu a tocar violino. A morte do estudante Benno Ohnesorg, durante manifestações estudantis e de exilados iranianos durante a visita do Xá Reza Pahlavi a Berlim, em 1967, e a tentativa de assassinato do líder estudantil e amigo de Ulrike, Rudi Dutschke, no ano seguinte, a levaram à radicalização. Depois de escrever sobre o julgamento de dois militantes esquerdistas alemães, Andreas Baader e Gudrun Ensslin, processados e condenados por incendiarem duas lojas de departamentos em Frankfurt, em fins de 1968 ou começo de 1969 ela abandonou seu emprego e resolveu unir-se aos dois e suas ideias de revolução, antes escrevendo na revista Konkret o que seria uma de suas mais famosas citações: "Protesto é quando eu digo que algo me incomoda. Resistência é quando eu me asseguro que aquilo que me incomoda nunca mais acontecerá." Presa em junho de 1972 e acusada de diversos crimes depois de dois anos de participação nas atividades da RAF, entre eles assaltos, atentados à bomba, assassinatos e formação de organização terrorista, morreu em sua cela na prisão de Stammheim, em Stuttgart, por enforcamento, em maio de 1976. Sua morte, se por suicídio ou assassinato, é alvo de controvérsias até hoje.
Posted on: Sun, 09 Jun 2013 13:24:46 +0000

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