Vejo pessoas tristes, insatisfeitas ou cansadas com as suas vidas - TopicsExpress



          

Vejo pessoas tristes, insatisfeitas ou cansadas com as suas vidas a todo tempo. Algumas relembram saudosas os seus passados, outras mantém expectativas e esperanças de um futuro maior, e poucas, raríssimas concentram-se no que está passando em suas vidas no momento presente. Na grande maioria o que vemos são pessoas presas a uma história pessoal, a um edifício que foi lentamente montada pelos milhares de professores que todos temos no decorrer de nossas vidas. Desde cedo ouvimos os pais, tios, professores, amigos perguntando o que seremos quando crescermos, como se apenas houvesse uma ou outra opção para uma vida. Desta forma a criança é levada aceitar escolhas impostas pelos seus pais desde muito pequenas, porque sempre há a justificativa de que os pais são mais sábios e aptos a fazerem escolhas pelas crianças. Assim, sedimenta-se a base de um edifício que se chama história pessoal, onde reside o monstro do ego pessoal de cada um de nós, este, o rei do edifício de possibilidades que se erguem para cada um no decorrer de nossa história. A história pessoal de cada um é o peso do passado levado nas costas de cada um no decorrer de suas vidas, é a carga das escolhas que foram previamente feitas no passado pelos reprodutores do sistema, e que tem um objetivo, estagnar o ponto de aglutinação das pessoas em um ponto fixo, o mais fixo possível. A mobilidade do ponto de aglutinação, está diretamente relacionada com a capacidade de uma criança imaginar, devanear, viajar, ver além da realidade ordinária e fixa que os robores sociais enxergam. Robotizar é socializar. O exercício de socialização consiste na fixação do ponto de aglutinação, ou a fixação da percepção da realidade por diversas instituições bem formadas ao longo da história social humana. A primeira instituição que fixa o ponto de percepção é a família. Cabe a família prender as primeiras correntes na percepção das crianças. Cada pai, mãe ou parente próximo faz o papel quase que diário e constante de reprimir toda e qualquer percepção que esteja fora da realidade social, fazendo assim com que o ponto de aglutinação das crianças torne-se fixo em um local estacionário, que favorecerá, quando chegar a adolescência, na fixação de uma força externa no ovo luminoso de cada ser, essa força chama-se mente social.
Posted on: Mon, 09 Sep 2013 01:51:17 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015