"Vocês me desculpem, mas o despreparo não é da polícia. É - TopicsExpress



          

"Vocês me desculpem, mas o despreparo não é da polícia. É nosso. Eles estão bem preparados. Ontem eu passei pela Candelária, Rio Branco, Carioca, Tiradentes, Lapa, e o que eu vi foi a nossa completa falta de ginga. Se manifestar já virou sólido. A surpresa, o fator incômodo, a situação de levante, já não existem mais. Avisamos onde, percurso e horário, tapumes cobrem tudo um dia antes, a polícia se prepara para o enfrentamento, inclusive se infiltrando no enfrentado, jornais esquecem os fatos e antes de tudo já dizem o que vai acontecer, prevendo o futuro, que é óbvio, culpa nossa. É o déjà vu da passeata: nós já sabemos de tudo. O formato precisa ser outro. A mania feia e colonial de copiarmos tudo de Paris ainda persiste. Vamos descolonizar o espírito da rebeldia. Acionem a criatividade do incômodo. É o cotidiano que precisa ser enfrentado." VIDAL, Raphael. Raphael Vidal, o despreparo é nosso mesmo. Temos aquilo que gerações anteriores pediram. Diversos canais de participação popular formal estabelecidos (fóruns, câmaras, conselhos, etc.), se eles não são efetivos a culpa não pode repousar apenas nos governos. Ficamos satisfeitos com a representação indireta, onde apenas depositamos nossas desculpas nas urnas e no máximo esperamos que alguma ONG ou associação classista vá lá gritar, pois é para isso que elas existem. Além das ruas temos o direito e o dever de comparecer nas instancias públicas decisórias. Talvez trocar os gritos por diálogo permanente seja o caminho para alcançarmos uma pólis de verdade. Gostei da sua reflexão e aproveitei para acrescentar estas minhas. Um abraço meu nobre poeta!
Posted on: Fri, 12 Jul 2013 13:16:45 +0000

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